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quinta-feira, 24 de outubro de 2013

A Fé Que Remove Montanhas

A FÉ QUE REMOVE MONTANHAS

"Pois em verdade vos digo que, se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para acolá, e ele passará. Nada vos será impossível" (Mt 17.2

            Que pensamentos e emoções invadem o nosso coração quando lemos essas afirmações do Senhor Jesus? Estamos de fato firmemente convictos de que isso se cumprirá literalmente com uma ordem nossa, fazendo uma amoreira ou um monte se transplantarem de um lugar a outro? Ou reagimos justamente ao contrário, simplesmente rejeitando essas afirmações e dizendo que isso não é possível?

Infelizmente, são justamente essas afirmações de Jesus que criam em muitos crentes uma sensação de fraqueza interior, pois quase automaticamente vem o pensamento: "isso não é possível!" Pelas leis da natureza, infelizmente, é o que acontece com essas passagens das Escrituras; em princípio, sempre despertam dúvida e incredulidade, levando-nos à humilhante constatação de que não entendemos direito o que a Palavra quer nos dizer.

Por isso empenhemo-nos para entender qual é, afinal, o sentido espiritual mais profundo das palavras de Jesus especialmente em Mateus 17.20.

Em primeiro lugar, quero dizer que em nosso texto: "Se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para acolá, e ele passará. Nada vos será impossível", não se trata de uma grande fé, mas de uma grande façanha, de um ato grandioso! Essa afirmação é totalmente contrária à interpretação tradicional que sempre fala de uma fé tão grande que muda um monte de lugar. Mas repito: aqui prioritariamente não se trata de uma grande fé, mas de uma grande ação pela fé!

Afinal, que fé é esta, que pode ter um efeito tão impressionante como o deslocamento de um monte? Será que é uma fé imensa, sistemática, objetiva, planejada, convincente, que não vê empecilhos, e que de maneira soberana supera tudo o que atravessa o seu caminho? Uma fé que move montanhas evidentemente poderia ter tais características. Mas o Senhor Jesus não fala de uma fé desse tipo. Então, que fé é esta, que tem – como Jesus expressa figuradamente – a condição de transferir montes? A esta fé capaz de fazer grandes façanhas, o Senhor Jesus chama de:

Fé como um grão de mostarda

 

"Pois em verdade vos digo que, se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para acolá, e ele passará. Nada vos será impossível". O que é um grão de mostarda? Em Marcos 4.31, ele é chamado de "...a menor de todas as sementes sobre a terra". De fato ele tem um diâmetro de apenas 0,95 -1,1 mm. Esse pequeno grão de semente, que tem de ser observado com uma lente se quisermos vê-lo nitidamente, é considerado pelo Senhor como exemplo para uma fé que é capaz de mover montanhas.

Por que Jesus considera justamente esse pequeno grão de mostarda como exemplo para uma fé pela qual podem acontecer grandes coisas? Pelo fato desse pequeno grão de semente ser capaz de ilustrar o que significa transportar montes. Esse grão de semente extremamente pequeno, que quase não pode ser visto a olho nu, no espaço de um ano se transforma num grande arbusto, numa pequena árvore com galhos de cerca de 2,5 a 3 metros. Portanto, como são diminutos os pré-requisitos para um resultado tão grande num minúsculo grão de semente, onde aparentemente nada existia. No entanto, justamente estas condições mínimas são um exemplo que o Senhor usa para ilustrar uma fé que é suficiente para remover montanhas!

Essa "fé como um grão de mostarda" não aponta de maneira clara para a nossa fé, que muitas vezes é tão fraca e pequena? Com isso, de maneira alguma quero desculpar nossa repetida incredulidade dizendo simplesmente: afinal, só tenho uma fé bem pequena, como um grão de mostarda! Quero lembrar que muitos de nós, repetidas vezes, já tivemos a impressão de que nossa fé era assim tão pequena e insignificante, e isso pode provocar dificuldades consideráveis. Assim mesmo, essa é justamente a pequena fé, quase imperceptível, que, segundo as palavras de Jesus, tem o poder de transpor montes.

É necessário mudar o raciocínio!

 

Será que, às vezes, não imaginamos algo errado quando pensamos na fé que precisamos ter para viver como cristãos verdadeiros? Todos nós nos defrontamos diariamente com situações, perguntas e problemas que se avolumam como montes. Não é justamente nesses momentos que aspiramos de todo o coração ter mais fé, ter uma fé maior, a fim de vencermos tudo isso? É justamente aí que muitos precisam aprender a mudar o raciocínio, pois Jesus diz: "Se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para acolá!" Em outras palavras: nossa fé não necessita ser particularmente grande para transferir montes – simplesmente é suficiente "termos fé".

Se o grão de mostarda tivesse a possibilidade de olhar para si mesmo e conseguisse se enxergar, teria tudo para desanimar, pois em si mesmo não teria nada a apresentar. E assim é também, muitas vezes, em nossa vida: olhamos para nós e vemos uma fé relativamente pequena, limitada, e então ficamos desanimados. Mas o grão de mostarda não faz isso. Ele não olha para si mesmo para então desanimar. Não, ele simplesmente se deixa plantar na terra, ali começa a crescer, e finalmente se torna aquilo que deve ser, ou seja, uma árvore em cujos ramos "aninharam-se as aves do céu" (Lc 13.19).

Ao mesmo tempo é de se considerar que o grão de mostarda não se torna uma árvore porque empreendeu grandes esforços, mas simplesmente porque torna ativo e aplica o que possui! Oh!, como seria bom se compreendêssemos hoje que, com todas as nossas fraquezas, dificuldades e tentações diárias, simplesmente podemos nos aquietar com fé infantil na mão de nosso Salvador! Que modificação isso provocaria em nossa vida espiritual!

Simplesmente creio que, muitas vezes, caímos no erro de ter conceitos errados acerca da fé. Na verdade, é a fé singela na obra consumada de Jesus Cristo que consegue nos levar adiante e que, a cada dia, nos conduz para uma comunhão mais profunda com o Cordeiro de Deus, e não o esforço da nossa alma em crer bastante.

Em nossa vida como cristãos não precisamos nos estender buscando novas formas e grandezas de fé, mas simplesmente ter e usar a fé pela qual fomos salvos, ou seja, a fé simples no Senhor Jesus Cristo. Nesse contexto, leia novamente o que Davi diz no Salmo 18.29: "Pois contigo desbarato exércitos, com o meu Deus salto muralhas". Ou veja também o que ele diz nos Salmos 60.12 e 108.13: "Em Deus faremos proezas, porque ele mesmo calca aos pés os nossos adversários". Essas afirmações testificam de uma fé poderosa e vencedora que Davi tinha? Eu penso que não, pois Davi era um homem com fraquezas e erros como nós. Ainda assim, esses versículos testemunham que Davi se agarrava com toda a simplicidade ao seu Deus e por meio dEle podia fazer grandes proezas.

Ou lembremos de 1 João 5.4: "Porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé". Que fé é essa que vence o mundo? É uma fé poderosa, forte, que supera tudo? De modo algum! A fé que vence o mundo é a fé singela, que muitas vezes não se sente; é a fé sacudida e posta à prova, mas assim mesmo firmada no sangue reconciliador e salvador de Jesus Cristo! Isso é tudo! Essa fé não se apóia no que sentimos ou percebemos, mas naquilo que sabemos, ou seja, que Jesus venceu o mundo (Jo 16.33b), e que de fato somos filhos de Deus. Essa é a fé que remove montanhas!

Como seria bom se compreendêssemos hoje o que significa de maneira bem prática nos contentarmos com a fé simples como um grão de mostarda. Então muitos de nós mudariam totalmente sua vida espiritual teimosa e pouco inteligente! Que de uma vez por todas reconhecêssemos que o caminho da fé é simples; que não se trata de fazer grandes esforços espirituais, mas simplesmente de confiar naquilo que nos é oferecido em Cristo!

Grandes resultados da fé como um grão de mostarda


Em Isaías 42.3 está escrito: "Não esmagará a cana quebrada, nem apagará a torcida que fumega". Essa é uma profecia messiânica que é confirmada no Novo Testamento (Mt.12.20) de maneira direta em relação a Jesus Cristo, e por isso já se tornou grande fortalecimento para muitos filhos de Deus. Essas palavras também são uma figura de uma pessoa que possui fé como um grão de mostarda. Pois a cana quebrada ainda não foi esmagada, está apenas quase partida, e uma torcida que fumega ainda não está totalmente apagada. Nesse sentido essas palavras apontam para a fé mais pequena possível que uma pessoa pode possuir, fé como a de um grão de mostarda.

O que vimos no caso do grão de mostarda? Que ele não tem quase nada a oferecer, mas oferece tudo o que tem, e por meio disso experimenta grandes resultados!

Meu irmão, minha irmã, você compreende o que o Senhor quer lhe dizer com isso? Talvez você ouça esta mensagem com o estado interior de uma "cana quebrada" ou de uma "torcida que fumega". Você se sente interiormente fraco e miserável, e em seu interior só resta uma fé ínfima, do tamanho de um grão de mostarda? Você se sente assim porque diante de sua alma se amontoam grandes montanhas de angústias, preocupações e problemas. Mas agora escute bem: o fato de você se sentir como uma "cana quebrada" ou uma "torcida que fumega" prova que em você ainda existe algo. Pois uma cana quebrada ainda não está amassada, e uma torcida que fumega ainda não está apagada. Apesar de todos os montes de dificuldades que talvez neste momento existam à sua frente, você ainda tem uma centelha de fé. E é justamente isso que você tem que ativar agora, pois Jesus diz: "Se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para acolá, e ele passará. Nada vos será impossível". Todos estes montes, problemas e dificuldades podem ser "lançados no mar" se você ativar e aplicar sua pequena fé, embora ela seja como um grão de mostarda. Em outras palavras, isso acontece se você simplesmente vier agora a Jesus como você é. Ele não "esmagará a cana quebrada, nem apagará a torcida que fumega".

 Pelo contrário, no Salmo 34.18 está escrito: "Perto está o Senhor dos que têm coração quebrantado e salva os de espírito oprimido". Uma coisa, porém, você precisa fazer: você – "a cana quebrada" e "a torcida que fumega " – tem que buscar a Jesus como você é. Assim você torna ativa a sua fé como um grão de mostarda. E por meio disso você terá condições de "lançar no mar" todos os montes, preocupações e problemas. Incentivo você a vir ainda hoje, agora, a Jesus com o pouco que você tem – com sua fé como um grão de mostarda. Assim o Senhor poderá lhe encontrar de maneira totalmente nova, e fazer transbordar sua vida como talvez nunca aconteceu antes!

Nesse contexto, façamo-nos a pergunta:

Como aconteceu a alimentação dos cinco mil?

 

Para poder alimentar os milhares de ouvintes, os discípulos já haviam projetado um plano "muito bom": "Ao cair da tarde, vieram os discípulos a Jesus e lhe disseram: O lugar é deserto, e já vai adiantada a hora; despede, pois, as multidões para que, indo pelas aldeias, comprem para si o que comer" (Mt 14.15). O Senhor, porém, não havia esperado por uma proposta dessas, mas por outra bem diferente. Ele não necessitava dos estoques de gêneros alimentícios dos arredores para poder alimentar as milhares de pessoas. Ele procurou por alguém que tivesse fé como um grão de mostarda. Ele necessitava de uma pessoa que possuísse pouco, mas que estivesse disposta a dar ao Senhor o pouco que possuía. Por meio disso, Ele seria capaz de realizar uma grande obra.

E de fato estava presente "um rapaz" que, como está escrito em João 6.9, tinha "cinco pães de cevada e dois peixinhos", e que estava disposto a Lhe entregar esse pouco! E o que fez o Senhor com isso? "Então, Jesus tomou os pães e, tendo dado graças, distribuiu-os entre eles; e também igualmente os peixes, quanto queriam" (v. 11). Dessa maneira o Senhor Jesus Cristo alimentou cinco mil homens além das suas mulheres e crianças com cinco pães de cevada e dois peixinhos. Entendamos corretamente: Ele somente realizou esse milagre porque estava presente alguém – justamente esse rapaz – que demonstrou a fé como um grão de mostarda, entregando ao Senhor o pouco que possuía. Que montanhas de problemas e receios foram afastados dos discípulos e ao mesmo tempo lançados no mar! Eles viam montes enormes diante de si, pois como seria possível alimentar um número tão grande de pessoas? Eles também já haviam se preocupado em como poderiam afastar estes "montes". Mas Jesus não necessitava de nada disso. Ele apenas procurou a fé como um grão de mostarda que acabou encontrando nesse rapaz. Dessa maneira todos os montes de dificuldades e impossibilidades "foram lançados no mar".

Meu irmão e minha irmã, seja, ainda hoje, como esse rapaz: consagre ao Senhor o pouco que tem. Traga ao Senhor a sua fé como um grão de mostarda, e Ele virá ao seu encontro de maneira totalmente nova. Entregando o pouco de fé que você possui, Ele terá condições de "lançar no mar" as montanhas de sua vida, suas dificuldades e preocupações! Portanto, não é o tamanho de nossa fé que faz a diferença, mas a fé como um grão de mostarda num grande Deus!

Ap Ailton Guimarães

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Humildade ou Soberba?



Humildade ou Soberba?


A palavra humildade significa uma falta de falso orgulho . Outra definição é a modesta opinião ou estimativa da própria importância ou classificação.

É bem verdade que um indivíduo ilustre que serve ao Senhor é melhor do que uma pessoa do meio rural, humilde,  que está negligenciando sua alma. Quando as pessoas se conhecem bem  eles examinam cuidadosamente as suas vidas . Eles não querem  os elogios dos homens, mas a satisfação de viver suas vidas de forma agradável ​​ao Senhor.

Lemos em I Coríntios 1:31 , " ... como está escrito: " Aquele que se gloria , que se glorie no Senhor . "

Pessoas que se gloriam de serem exímios conhecedores da Bíblia, dos dogmas e das “doutrinas dos Apostolos”, no final das contas se tornam apenas sacos cheios de vento, pois o orgulho advindo de tal conhecimento levam essas pessoas a serem tudo, menos humildes. Acham que somente o conhecimento é suficiente para levá-los à Salvação.

Todos nós já vimos pessoas que se tornaram conhecedores e logo em seguida, também se tornoram orgulhosos. Mesmo se uma pessoa tem conhecimento sobre coisas diferentes , ele também deve perceber que há muito ainda que ele não sabe . As pessoas precisam entender , quanto mais eles sabem  mais severo será o julgamento que irão receber. Conhecimento teológico ou secular sem vida com Deus não vale nada!

O que vemos atualmente na grande maioria das igrejas não é mais um culto a Deus, mas o culto ao eu, no qual cada um se considera cada vez mais importante. Satanás abandonou a Palavra de Deus por seu orgulho sem limites – e caiu. Igualmente cristãos que não mais são dirigidos pela Palavra de Deus e pelo Seu Espírito Santo se tornam vítimas do orgulho. Tornam-se ambiciosos e se acham cada vez mais importantes – e a causa de Jesus é empurrada para segundo plano.

Ninguém é digno do enorme sacrifício que Jesus Cristo fez por nós. Se estamos onde estamos hoje não é porque merecemos! Se você é um líder hoje não é porque você merece; se você é um levita reconhecido hoje não é porque você conquistou isso, por seus talentos ou por merecimento; se você é “alguém” hoje tudo isso se deve a cruz de Cristo. O orgulho é proveniente de um evangelho sem a cruz de Cristo. Um Evangelho que é cada vez mais pregado hoje em dia onde “você não precisa mais sofrer, não precisa ser perseguido, não precisa ficar enfermo, não precisa ser pobre, não precisa isso... não precisa aquilo...”.

Escute, Evangelho sem a Cruz não é Evangelho! A Graça é de graça, mas, a glória tem preço, e não há  ressalvas, nenhuma exceção  para que se faça caminho de forma oposta ao que está escrito e fundamentado, e é esta cruz que exige a negação do ego para que em Jesus Cristo se cumpra tudo o que é requerido de todos os Seus seguidores, e de forma espontânea, não imposta,  deve nortear os propósitos assumidos devendo ser realizados com esmero e satisfação, não relutando,  não murmurando, pelo contrário,  fazendo de todo o coração, humilde e quebrantado exclusivamente para o Senhor e não para homens.

A soberba precede a queda


O que levou o diabo a cair foi a sua soberba, o seu orgulho.  Ele era tão orgulho de si mesmo, de sua formosura, de seu conhecimento e de seu poder que intentou estar acima de seu criador. Quantos pensamentos do tipo: “ Eu sei mais do que ele porque deveria dar ouvidos ao que ele diz?”, “Sou formado em Teologia, eu sei o que estou dizendo”, e, pasmem, “Tenho autoridade porque oro mais do que todos aqui”, são pensamentos e frases comuns no seio da igreja atualmente! Pensamentos como os do diabo antecedendo a sua queda.

A soberba não vem somente do dinheiro como alguns dizem. O  fato de orar muito, ler muito a Bíblia ou outros livros, cantar bem, pregar bem ou realizar qualquer tarefa um pouco melhor do que outros, ou apenas no limite de sua obrigação cristã torna certas pessoas escravas da soberba. E o pior, ainda acham que são humildes e estão “fazendo a obra”. Se tornaram fariseus hipócritas:

"Dois homens subiram ao templo para orar; um era fariseu e o outro, publicano.O fariseu, em pé, orava no íntimo: 'Deus, eu te agradeço porque não sou como os outros homens: ladrões, corruptos, adúlteros; nem mesmo como este publicano. Jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto ganho'."Mas o publicano ficou a distância. Ele nem ousava olhar para o céu, mas batendo no peito, dizia: 'Deus, tem misericórdia de mim, que sou pecador'. "Eu digo que este homem, e não o outro, foi para casa justificado diante de Deus. Pois quem se exalta será humilhado, e quem se humilha será exaltado". Lucas 18. 10-14

Muitos são os chamados e poucos são os escolhidos. Muitos pensam que estão “fazendo a obra”, mas não passam de marionetes nas mãos do diabo.

É hora de reavaliarmos nossas prioridades, nossos princípios e fazermos a nós mesmos a seguinte pergunta: “Será que minha pretensa humildade não é fruto de uma soberba escondida debaixo de ações que não são mais do obrigações cristãs?”. Precisamos abandonar o orgulho e a soberba antes que nos conduzam à queda. E antes que você me critique ou diga “mas eu sou humilde”, reflita:

Indícios de que o orgulho é o principal motivo

·         Você que é músico ou cantor, fica chateado ou triste quando não tem oportunidade em algum culto ?

·         Você fica sempre buscando oportunidade para demonstrar o seu conhecimento bíblico ?

·         Quando você ora ou jejua faz questão que outros saibam?

·         Quando você prega procura demonstrar todo o seu conhecimento bíblico ou extra bíblico?

Esses são apenas alguns indícios de que o que motiva você no ministério é o orgulho. Cada uma dessas perguntas deve ser respondida o mais honestamente possível. Não adianta se enganar, Deus conhece o coração. Caso alguma dessas perguntas leve você a meditar na resposta ou faça você duvidar então é hora de buscar a Deus. Não permita que a soberba e o orgulho afastem você da salvação. Muitas vezes somos orgulhosos e nem percebemos. Somente a sinceridade e o Espírito Santo podem nos mostrar nossas verdadeiras intenções e nos conduzir a um relacionamento mais humilde com nosso Salvador.

E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz.” Fp 2.8

Ap Ailton Guimarães

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Ética e Atitude no Ministério Pastoral



ÉTICA E ATITUDE NO MINISTÉRIO PASTORAL

Por Bp. Jurandir Argôlo


Pela autoridade advinda de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, e em comunhão com o Espírito Santo de Deus, saúdo aos irmãos, desejoso que a Graça e a PAZ do Altíssimo estejam sobre todos.

De forma humilde, venho ter com os que foram chamados e escolhidos para o ministério pastoral, uma vez que já são passados os tempos de um tempo que a todos foi concedido para o verdadeiro exercício ministerial, onde o que se observa não condiz com os pleitos bíblicos, a partir do ensinamento fundamentado nas Escrituras Sagradas, em que pesem as atitudes que diretamente agridem a ética pastoral exigida para o exercício.

Basta olharmos com olhos espirituais o que está ocorrendo no seio das Igrejas por conta dos escândalos e desmandos que desvirtuam e descaracterizam tudo que nos foi legado a partir do sacrifício de cruz de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, insuflando o desrespeito com  as coisas de Deus PAI, na verdade concorrendo para uma total  inversão de valores espirituais.

Temos consciência que nos dias atuais há uma febre pelo impuro, prática que deturpa a identidade espiritual que deve ser provada e testificada, conforme as orientações constantes nas Escrituras, e que à luz da Bíblia não podemos aferir ou concordar com aqueles que simplesmente se implantam, sem que saibamos o histórico espiritual através do chamamento.

Deve ficar claro que o pastor não foi chamado por Deus para ser tido ou rotulado como alguém acima de todos, uma vez que isso denota que nada conhecem sobre ética pastoral ou cristã, pois, a realidade é que o Sumo Pastor é Jesus Cristo, não havendo outro que possa ocupar / tomar o Seu lugar de direito.

Dentre tantos atributos que são inerentes ao servo que é verdadeiramente chamado para o ministério, três se destacam de forma contundente e irrebatível por serem  pilares da conduta idônea do pastor:

Primeiramente, a obrigação a que todo escolhido tem de manter acima de tudo e de todos os interesses celestiais  onde Deus PAI e o Seu Santo Reino é prioridade absoluta, estando acima de quaisquer situações e interesses, devendo ser observado, preservado e cultuado com honras e glórias a Ele, por ser Ele o primeiro e o último, o único;


Em segundo lugar,  o direcionamento para a observação das melhores práticas sacerdotais por parte do pastor em relação às suas obrigatoriedades ante as ovelhas que estão sob sua responsabilidade até o fim da sua vida carnal;

E por último, jamais permitir que se quebre uma aliança feita, pois, a palavra deve ser considerada a assinatura falada da alma, onde estando em espírito e verdade em total comunhão com o Espírito Santo de Deus, um juramento de fidelidade é assumido em consonância com a Palavra Sagrada, objetivando tão somente o alavancar das obras, segundo o que nos foi ensinado e exemplificado por nosso Senhor Jesus Cristo, pois, uma quebra de aliança significa maldição espiritual sobre o ministério, que isento dos princípios e preceitos à cerca do sacerdócio, põe em cheque a lisura dos que estão a serviço do  Reino dos Céus para a comunhão e unificação do povo de Deus.


O verdadeiro pastor deve apascentar o rebanho de Deus, tendo todo cuidado dele, não por força, mas, voluntariamente; não por torpe ganância, mas de ânimo pronto; não como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho, segundo I Pe 5.2-4.


O pastor deve ser reservado, mas, não ausente de diante das ovelhas; o pastor não deve ser mercenário e usar as coisas de Deus para angariar interesses próprios; o pastor deve se portar de forma que o povo veja que sua posição é de humilde instrumento a serviço dos interesses de Deus; o pastor não pode fazer acepção de pessoas, porque Jesus Cristo não o fez, não tratando as pessoas como se tivesse domínio sobre elas; o pastor não deve ser orgulhoso, devendo sim, demonstrar que Jesus Cristo está sobre sua vida pessoal e espiritual; o pastor não deve ser desleixado com a sã doutrina, inventando coisas que não estejam fundamentadas na bíblia onde o contexto confirme o que tenha que ser ensinado / cobrado, de forma a negligenciar as verdades de Deus; o pastor não pode e não deve ser soberbo, ou orgulhoso, de forma a não ser como lúcifer, que se tornou o inimigo ( satanás ) quando intentou ser igual ou superior a Deus.

Outro ponto, é a necessidade do conhecimento de si mesmo, sendo o primeiro passo na direção de um ministério adequado com a realidade, pois, quando se está a frente de responsabilidades, no caso, as ovelhas, de forma inevitável se estabelece um relacionamento com elas que estão sob sua orientação e cuidado espiritual.

Conhecer a si próprio é um desafio, pois, sem perceber, em muitos momentos nos vemos em desacordo com o que fazemos e sentimos, revelando-se  o verdadeiro espelho, e que em muitos casos jamais foram vistos, ou por falta de interesse, ou por falta de oportunidade, havendo ainda o outro lado que é a expectativa que temos sobre como os outros nos vêem e o que esperam de nós, não somente como humanos, mas, como homens imbuídos de orientar comportamentos.

O pastor deve pregar e ensinar a verdadeira doutrina fundamentada por Jesus Cristo, incentivando as ovelhas a buscarem na bíblia a confirmação da Palavra dita, como forma de se obter credibilidade espiritual e não carnal, e ao mesmo tempo, deixando as ovelhas preparadas para enfrentarem o engano que se esconde por toda a parte.

O pastor deve sempre se lembrar de que é um instrumento, e como instrumento deve ser humilde, um servo de Deus fiel a Ele e a Sua Palavra Sagrada, conduzindo a igreja com sabedoria e retidão, conforme o que preconiza a Palavra de Deus, tendo uma visão para a igreja alinhada segundo os moldes da sã doutrina e metodologia da Palavra de Deus, onde o rebanho precisa sempre ter em mente que o "bom pastor" cuida de todas as ovelhas.

 É conveniente ressaltar que a relação entre o pastor e as ovelhas deve ser sempre a melhor e mais livre quanto possível, onde o nível psicológico atenda as necessidades de ambas as partes, apoiando as dificuldades que certamente irão surgir no assumir do papel que cabe a cada um, assumindo- se a postura de cristão ideal de acordo com as premissas espirituais. 

 Não se deve permitir a ideia de o pastor ser um "super-homem", pois todos devem entender  as limitações inerentes a cada um enquanto humanos,  e que as necessidades da igreja serão atendidas, segundo a vontade do Espírito Santo que entre nós está para nos mostrar a verdade e nos guiar em meio as necessidades.

Deve ficar claro que acima de quaisquer conhecimentos está a Graça de Deus e Seu Espírito Santo que impulsiona a igreja para os propósitos que Ele mesmo estabeleceu para ela, e não cabe em quaisquer circunstâncias o que observamos nos nossos dias, onde a apostasia se transformou em coisa banal e o desrespeito por parte de alguns que insistem em continuar no mundo descaracteriza todo um plano salvítico a partir das heresias e dos ensinos doutrinários deturpantes que tão somente provam que o inimigo está agindo, se colocando no seio do povo de Deus, fingindo ser de Deus, mas, na realidade é o próprio inimigo tentando roubar, matar e destruir, a partir das  mentiras insufladas e infelizmente acolhidas por grande parte do povo que está cego, a partir dos ventos de alguns “pastores”.


A Sabedoria e Visão espirituais devem ser a tônica e prevalecerem no seio de todo o povo, como forma de blindagem às investidas astutas do inimigo que não descansa.

Humildade, sinceridade e retidão devem ser qualidades do verdadeiro cristão, e como cristão deve-se estar revestido da fé, da perseverança, da atitude, do compromisso e do propósito em ser simplesmente servo.
Que as bênçãos celestiais sejam bálsamo sobre todas as vidas, e que o verdadeiro caminho se ilumine em meio as turbulências que tentam se impor com a finalidade de minar os sonhos de Deus.


"O Senhor te abençoe e te guarde; 
O Senhor faça resplandecer o seu rosto sobre ti, e tenha misericórdia de ti;
O Senhor sobre ti levante o seu rosto e te dê a paz."  ( Nm 6:24-26 )