ÉTICA E ATITUDE NO
MINISTÉRIO PASTORAL
Por Bp. Jurandir Argôlo
Pela autoridade advinda de nosso Senhor e Salvador
Jesus Cristo, e em comunhão com o Espírito Santo de Deus, saúdo aos irmãos,
desejoso que a Graça e a PAZ do Altíssimo estejam sobre todos.
De forma humilde, venho ter com os que foram
chamados e escolhidos para o ministério pastoral, uma vez que já são passados
os tempos de um tempo que a todos foi concedido para o verdadeiro exercício
ministerial, onde o que se observa não condiz com os pleitos bíblicos, a partir
do ensinamento fundamentado nas Escrituras Sagradas, em que pesem as atitudes
que diretamente agridem a ética pastoral exigida para o exercício.
Basta olharmos com olhos espirituais o que está
ocorrendo no seio das Igrejas por conta dos escândalos e desmandos que
desvirtuam e descaracterizam tudo que nos foi legado a partir do sacrifício de
cruz de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, insuflando o desrespeito com
as coisas de Deus PAI, na verdade concorrendo para uma total
inversão de valores espirituais.
Temos consciência que nos dias atuais há uma febre
pelo impuro, prática que deturpa a identidade espiritual que deve ser provada e
testificada, conforme as orientações constantes nas Escrituras, e que à luz da
Bíblia não podemos aferir ou concordar com aqueles que simplesmente se
implantam, sem que saibamos o histórico espiritual através do chamamento.
Deve ficar claro que o pastor não foi chamado por
Deus para ser tido ou rotulado como alguém acima de todos, uma vez que isso
denota que nada conhecem sobre ética pastoral ou cristã, pois, a realidade é
que o Sumo Pastor é Jesus Cristo, não havendo outro que possa ocupar / tomar o
Seu lugar de direito.
Dentre tantos atributos que são inerentes ao servo
que é verdadeiramente chamado para o ministério, três se destacam de forma
contundente e irrebatível por serem pilares da conduta idônea do pastor:
Primeiramente, a obrigação a que todo escolhido tem
de manter acima de tudo e de todos os interesses celestiais onde Deus PAI
e o Seu Santo Reino é prioridade absoluta, estando acima de quaisquer situações
e interesses, devendo ser observado, preservado e cultuado com honras e glórias
a Ele, por ser Ele o primeiro e o último, o único;
Em segundo lugar, o direcionamento para a
observação das melhores práticas sacerdotais por parte do pastor em relação às
suas obrigatoriedades ante as ovelhas que estão sob sua responsabilidade até o
fim da sua vida carnal;
E por último, jamais permitir que se quebre uma
aliança feita, pois, a palavra deve ser considerada a assinatura falada da
alma, onde estando em espírito e verdade em total comunhão com o Espírito Santo
de Deus, um juramento de fidelidade é assumido em consonância com a Palavra
Sagrada, objetivando tão somente o alavancar das obras, segundo o que nos foi
ensinado e exemplificado por nosso Senhor Jesus Cristo, pois, uma quebra de
aliança significa maldição espiritual sobre o ministério, que isento dos
princípios e preceitos à cerca do sacerdócio, põe em cheque a lisura dos que
estão a serviço do Reino dos Céus para a comunhão e unificação do povo de
Deus.
O verdadeiro pastor deve apascentar o rebanho de
Deus, tendo todo cuidado dele, não por força, mas, voluntariamente; não por
torpe ganância, mas de ânimo pronto; não como tendo domínio sobre a herança de
Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho, segundo I Pe 5.2-4.
O pastor deve ser reservado, mas, não ausente de
diante das ovelhas; o pastor não deve ser mercenário e usar as coisas de Deus
para angariar interesses próprios; o pastor deve se portar de forma que o povo
veja que sua posição é de humilde instrumento a serviço dos interesses de Deus;
o pastor não pode fazer acepção de pessoas, porque Jesus Cristo não o fez, não
tratando as pessoas como se tivesse domínio sobre elas; o pastor não deve ser
orgulhoso, devendo sim, demonstrar que Jesus Cristo está sobre sua vida pessoal
e espiritual; o pastor não deve ser desleixado com a sã doutrina, inventando
coisas que não estejam fundamentadas na bíblia onde o contexto confirme o que
tenha que ser ensinado / cobrado, de forma a negligenciar as verdades de Deus;
o pastor não pode e não deve ser soberbo, ou orgulhoso, de forma a não ser como
lúcifer, que se tornou o inimigo ( satanás ) quando intentou ser igual ou
superior a Deus.
Outro ponto, é a necessidade do conhecimento
de si mesmo, sendo o primeiro passo na direção de um ministério adequado com a
realidade, pois, quando se está a frente de responsabilidades, no caso, as
ovelhas, de forma inevitável se estabelece um relacionamento com elas que estão
sob sua orientação e cuidado espiritual.
Conhecer a si próprio é um desafio, pois, sem
perceber, em muitos momentos nos vemos em desacordo com o que fazemos e
sentimos, revelando-se o verdadeiro espelho, e que em muitos casos jamais
foram vistos, ou por falta de interesse, ou por falta de oportunidade, havendo
ainda o outro lado que é a expectativa que temos sobre como os outros nos vêem
e o que esperam de nós, não somente como humanos, mas, como homens imbuídos de
orientar comportamentos.
O pastor deve pregar e ensinar a verdadeira
doutrina fundamentada por Jesus Cristo, incentivando as ovelhas a buscarem na
bíblia a confirmação da Palavra dita, como forma de se obter credibilidade
espiritual e não carnal, e ao mesmo tempo, deixando as ovelhas preparadas para
enfrentarem o engano que se esconde por toda a parte.
O pastor deve sempre se lembrar de que é um
instrumento, e como instrumento deve ser humilde, um servo de Deus fiel a Ele e
a Sua Palavra Sagrada, conduzindo a igreja com sabedoria e retidão, conforme o
que preconiza a Palavra de Deus, tendo uma visão para a igreja alinhada segundo
os moldes da sã doutrina e metodologia da Palavra de Deus, onde o rebanho
precisa sempre ter em mente que o "bom pastor" cuida de todas as
ovelhas.
É conveniente ressaltar que a relação entre o
pastor e as ovelhas deve ser sempre a melhor e mais livre quanto possível, onde
o nível psicológico atenda as necessidades de ambas as partes, apoiando as
dificuldades que certamente irão surgir no assumir do papel que cabe a cada um,
assumindo- se a postura de cristão ideal de acordo com as premissas
espirituais.
Não se deve permitir a ideia de o pastor ser
um "super-homem", pois todos devem entender as limitações
inerentes a cada um enquanto humanos, e que as necessidades da igreja
serão atendidas, segundo a vontade do Espírito Santo que entre nós está para
nos mostrar a verdade e nos guiar em meio as necessidades.
Deve ficar claro que acima de quaisquer
conhecimentos está a Graça de Deus e Seu Espírito Santo que impulsiona a igreja
para os propósitos que Ele mesmo estabeleceu para ela, e não cabe em quaisquer
circunstâncias o que observamos nos nossos dias, onde a apostasia se
transformou em coisa banal e o desrespeito por parte de alguns que insistem em
continuar no mundo descaracteriza todo um plano salvítico a partir das heresias
e dos ensinos doutrinários deturpantes que tão somente provam que o inimigo
está agindo, se colocando no seio do povo de Deus, fingindo ser de Deus, mas,
na realidade é o próprio inimigo tentando roubar, matar e destruir, a partir
das mentiras insufladas e infelizmente acolhidas por grande parte do povo
que está cego, a partir dos ventos de alguns “pastores”.
A Sabedoria e Visão espirituais devem ser a tônica
e prevalecerem no seio de todo o povo, como forma de blindagem às investidas
astutas do inimigo que não descansa.
Humildade, sinceridade e retidão devem ser
qualidades do verdadeiro cristão, e como cristão deve-se estar revestido da fé,
da perseverança, da atitude, do compromisso e do propósito em ser simplesmente
servo.
Que as bênçãos celestiais sejam bálsamo sobre todas
as vidas, e que o verdadeiro caminho se ilumine em meio as turbulências que
tentam se impor com a finalidade de minar os sonhos de Deus.
"O
Senhor te abençoe e te guarde;
O Senhor
faça resplandecer o seu rosto sobre ti, e tenha misericórdia de ti;
O Senhor sobre ti levante o seu rosto e te dê a paz." ( Nm 6:24-26 )
O Senhor sobre ti levante o seu rosto e te dê a paz." ( Nm 6:24-26 )
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