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terça-feira, 17 de junho de 2014

A Fé Não Remove Montanhas...


SEM FÉ É IMPOSSÍVEL AGRADAR A DEUS

fé salvadora


A necessidade de crescerem na fé, de serem fortes espiritualmente, Hebreus11:6 sem fé é impossível agradar a Deus
Ora, a fé é a certeza das coisas que se esperam, e a prova das coisas que não se vêem” ( Hb 11:1 ) O conceito que o escritor aos Hebreus apresentou auxilia em muito no desenvolvimento deste estudo, porém, o contexto na qual a palavra fé é empregada nos diz muito mais.
"Ora, sem fé é impossível agradar a Deus..."
( Hb 11:6 )
A bíblia geralmente trabalha com proposições, ou seja, não é uma característica das exposições bíblicas dar definições e conceitos. Exemplificando, a bíblia não apresenta uma definição ou um conceito de Deus, ela simplesmente apresenta algumas proposições, como: Deus é luz; Deus é vida, etc.
A linguagem bíblica demanda raciocínio para chegar a um entendimento, diferente da linguagem dos livros de hoje, que se aplicam em apresentar conceitos e definições acerca dos temas que abordam.
Os livros acabam simplesmente informando os seus leitores, já a bíblia estimula o raciocínio do leitor, fazendo com que este percorra os labirintos do aprendizado até uma maravilhosa descoberta. Além do mais, auxilia na memorização do conceito quando abstraído.
Apesar de a bíblia nos estimular ao raciocínio, ela nos surpreende ao apresentar, em uma das suas cartas, um conceito de fé:
“Ora, a fé é a certeza das coisas que se esperam, e a prova das coisas que não se vêem” ( Hb 11:1 ).
a) Esperar algo com certeza, é definido pelo escritor aos Hebreus como sendo fé.
b) A fé é prova do que se espera e que apesar de não ser possível ser visto, existe.
fé, ou a confiança, surge da constatação de verdades contidas no mundo, e o homem passa a agir conforme estas verdades ou a esperar com confiança nas leis naturais que constatou com os seus sentidos e perspectivas. Ex: a lei da gravidade, a chuva, dia e noite, etc.


"Uns confiam em carros e outros em cavalos, mas nós faremos menção do nome do SENHOR nosso Deus" ( Sl 20:7 )

Este tema reveste-se de complexidade dada a importância que ele tem para a compreensão de como ocorre a salvação em Cristo. Para ser salvo em Cristo basta a fé, porém, diante dos questionamentos que se avolumam no decorrer dos tempos, faz-se necessário saber o que é a fé verdadeira, como adquiri-la e como exercê-la.

Classificação
Antes de abordarmos este tema do ponto de vista bíblico, devemos verificar sobre qual tipo de fé estaremos falando. Para a análise, classificamos a fé em dois grupos:
a) fé natural, e;
b) fé salvadora.
A definição de fé natural é facilmente extraída dos dicionários, como se lê: "fé sf. 1. crença religiosa. 2. Conjunto de dogmas e doutrinas que constituem um culto. 3. Rel. A primeira das virtudes teológicas: adesão e anuência pessoal a Deus. 4. Firmeza na execução de uma promessa ou compromisso. 5. Crença, confiança. 6. Testemunho autêntico, escrito, de certos funcionários, que tem força em juízo".
Da definição dos dicionários subentende-se que até mesmo os ateus possuem algo em que acreditar. Se eles professam que não crêem em Deus, ao menos crêem nas leis da natureza e em suas próprias ideologias.
A fé natural refere-se à certeza que o homem tem das coisas concernentes ao seu dia-a-dia. Todos os homens possuem a certeza de um amanhã. Todos têm certeza das conseqüências dos seus atos. Todos têm certeza quanto às leis da física, da matemática, da natureza, etc.
Esta confiança não é algo nato do homem. A fé surge através da inteiração do homem com o mundo. Ao nascer, o homem não tem certeza ou fé, e nem mesmo acredita em coisa alguma. Porém, no decorrer do tempo, o homem passa a interagir com o mundo, e dessa interação surge às certezas e as crenças.
A fé natural surge da experimentação, do ensino, da constatação. O que leva a concluir que a fé não é proveniente do homem, antes, a fé é proveniente do mundo que o cerca. A realidade é que concede elementos por demais convincentes e dignos de confiabilidade ao homem.
Isto é verificável de duas formas:
(1) a certeza que o homem possui não torna a realidade verdadeira ou certa, ou seja, a certeza do homem não muda a essência real das coisas;
(2) antes de o homem vir à existência, certas verdades já existiam.


"A verdade produz certeza (confiança, fé), mas a certeza não produz verdade"


O que nos leva a concluir que a fé não é proveniente do homem, mas sim, das coisas que estão a muito estabelecidas.
Não é a confiança do homem que promove a infabilidade das leis naturais, antes a certeza de que tais leis são irrevogáveis, é que promove a confiança do homem.
A fé, ou a confiança, surge da constatação de verdades contidas no mundo, e o homem passa a agir conforme estas verdades ou a esperar com confiança nas leis naturais que constatou com os seus sentidos e perspectivas. Ex: a lei da gravidade, a chuva, dia e noite, etc. 
A fé natural surge no homem quando ele consegue 'mapear' os eventos que o cercam durante o seu desenvolvimento. Com base nos elementos que o meio fornece, e através daquilo que conseguiu constatar, surge a 'fé', e este homem passa a agir de modo seguro e confiante.
A 'crença' do homem não garante os eventos que acorre ao seu redor, porém, os eventos certos e previsíveis produzem confiança, fazendo o homem agir com segurança. 
A certeza que o homem tem quanto à lei da gravidade não é o que a torna real, antes é a ação da gravidade ao influenciar a realidade que o cerca que lhe dá a certeza da existência desta lei. Esta certeza foi adquirida gradualmente, aprendida e internalizada de forma experimental e teórica.
O atrito dá certeza a um motorista que o carro não derrapará. O semeador semeia na certeza de que a terra produzirá e que as sementes germinarão segundo a sua espécie. A fé no amanhã dá ao o homem a condição necessária para desenvolver projetos, etc.

"A fé natural e a fé salvadora possuem os mesmos princípios quanto à sua inserção no homem, porém, elas diferem quanto à finalidade"

A fé salvadora é semelhante à fé natural, pois ambas são alcançadas de fora para dentro. Enquanto esta advém da inteiração do homem com o mundo, aquela advém da inteiração do homem com a palavra de Deus.
A diferença principal entre fé salvadora e fé natural está no objetivo, ou na finalidade a que ambas propõe. Em última instância, tanto a fé natural, quanto a fé salvadora são provenientes de Deus.
A fidelidade de Deus é onde a confiança de todos os homens fundamenta-se.
Para uns, a confiança é algo imperceptível, uma vez que não se dão conta que a infabilidade das leis naturais é que dá segurança e equilíbrio à existência dos homens. Outros, além de desfrutarem da segurança e equilíbrio que as leis naturais conferem ao seu dia-a-dia, ao saberem que Deus providenciou salvação poderosa a todos os homens, descansam e esperam na fidelidade de Deus, que prometeu e é poderoso para cumprir.
A fé salvadora apresenta as características seguintes: 
1. A fé salvadora não é proveniente do homem - É Deus quem concede fé aos homens, ou antes, Deus é à base da fé;
2. A salvação é pré-estabelecida - antes que o homem viesse a existir, Deus providenciou salvação a todos os homens;
3. O homem é o recipiente da fé - o homem não produz fé, porém, é quem usufrui de seus benefícios;
4. A fé é certeza das coisas que não se vêem - não é a fé que torna real o mundo vindouro, antes, é a realidade do mundo vindouro que proporciona fé;
5. A confiança do homem não é o que garante a salvação, antes, é Deus que se interpõe como garantia, o que da segurança ao cristão confiante.
Todos os homens de alguma maneira exercem confiança. O crente é aquele que faz menção do nome do Senhor, pois crê na informação de que Deus salva o homem ( Sl 20:6 -7). O descrente, por sua vez, confia em suas forças e possessões, pois através destes elementos ele consegue influenciar e interagir com o mundo.
Nesta vida não há diferença visível entre crentes e descrentes, mas a bíblia alerta:
"Então voltareis e vereis a diferença entre o justo e o ímpio; entre o que serve a Deus, e o que não o serve" (...) “PORQUE eis que aquele dia vem ardendo como fornalha; todos os soberbos, e todos os que cometem impiedade, serão como a palha; e o dia que está para vir os abrasará, diz o SENHOR dos Exércitos, de sorte que lhes não deixará nem raiz nem ramo Mas para vós, os que temeis o meu nome, nascerá o sol da justiça, e cura trará nas suas asas; e saireis e saltareis como bezerros da estrebaria" ( Ml 3:18 ; Ml 4:1 -2).


A FÉ NÃO REMOVE MONTANHAS

A fé é proveniente daquilo que ouvimos acerca de Deus. A fé do homem não move montanhas, porém, ele crê em quem tem poder para removê-las. A fé de Elias não produziu o fogo que consumiu o altar dos profetas de Baal, porém, o Deus de Elias, em quem ele depositou fé, é que fez descer fogo do céu.
Os adoradores de Baal acreditavam que seriam ouvidos. Acreditavam tanto que aceitaram o desafio de Elias. Porém, a 'fé' deles fez algo acontecer? A adoração deles elevou o ídolo à condição de um deus? Não!

Este tipo de abordagem é uma Figura de Estilo, utilizada na escrita para dar maior expressividade ao que se pretende transmitir. Quando se troca em um texto um nome por outro, havendo entre eles uma relação lógica, é o que denominamos Metonímia. Ou seja, quando se troca a causa pelo efeito, como é o caso de trocar a palavra 'evangelho' que é a causa da fé, pela palavra que designa o efeito 'fé', temos uma Metonímia.
"Foi por ela que os antigos alcançaram bom testemunho"
( Hb 11:2 )

A fé é essencial à Regeneração do homem "Quem nele crê não é condenado..." ( Jo 3:18 ), ou seja, para que o homem venha a nascer de novo é preciso crer em Cristo, o Verbo (Palavra) de Deus enviado ao mundo.
A confiança na salvação providenciada por Deus não surge do acaso. De acordo com o apóstolo Paulo, é por intermédio de Cristo que temos tal confiança em Deus ( 2Co 3:4 ).
O homem não é capaz, por si mesmo, de pensar coisa alguma a respeito dos bens futuros, como se a confiança em Deus procedesse do homem. Antes, sendo Deus fiel e verdadeiro, a fé é proveniente da verdade do Evangelho.
A mensagem do evangelho contém as promessas de Deus, e em Cristo elas foram anunciadas e confirmadas ( 2Co 1:19 -20). Desta forma, o apóstolo Paulo demonstra que temos uma esperança, e que por intermédio de Cristo temos tal confiança em Deus ( 2Co 3:4 e 12).
O Dr. Emery. H. Bancroft, em seu livro Teologia Elementar deixou registrado o seguinte sobre a fé: "A fé é o aspecto positivo da verdadeira conversão, o lado humano da regeneração. Pelo arrependimento, o pecador abandona o pecado; pela fé ele se volta para Cristo. Mas o arrependimento são inseparáveis e paralelos. O verdadeiro arrependimento não pode existir à parte da fé, nem a fé à parte do arrependimento. Tem-se dito que o arrependimento é a fé em ação, e que a fé é o arrependimento em repouso" BANCROFT, Emery. H., Teologia Elementar - 3º Edição 2001, Ed. EBR, Pg. 242 (grifo nosso).
Em primeiro lugar, não existe um lado humano para a Regeneração. A Regeneração é ato criativo de Deus e o homem não participa deste ato como coadjuvante, antes é produto desta criação. Da mesma maneira que o filho não coopera com os pais no processo de concepção, o homem que é de novo gerado não participa deste ato.
Em segundo lugar, o pecado não é abandonado através do arrependimento, e sim, através da regeneração. Abandonar o pecado não depende do apego do homem as questões morais e religiosas. Não é por meio de um 'ódio' as condutas errôneas dos homens. O arrependimento bíblico significa mudança de ponto de vista, de concepção frente a mensagem do evangelho, e não um sentimento de tristeza em vista das ações pecaminosas do homem.
Exemplificando, temos que: por mais que um escravo tenha desejo de ser livre, não pode abandonar o seu senhor. A tristeza do escravo jamais promoverá a sua liberdade. É impossível ao homem abandonar o pecado, antes, é preciso confiar em Deus que, ao recriá-lo, operará a remissão e redenção. Por nascer filho de Adão, o homem nasce escravo do pecado, e na Regeneração o homem é recriado livre, por ser filho de Deus.
Perceba que as considerações de Bancroft sobre o arrependimento são equivocadas. O arrependimento diz somente de uma 'mudança de conceitos' frente a verdade do evangelho, sem referência a qualquer sentimento ou emoção humana.
A fé não pode ser considerada uma ação humana, ou que o arrependimento é a fé em ação. Primeiro, o arrependimento refere-se a uma 'mudança de conceitos' ou 'entendimento' acerca de como se alcança a salvação.
Por exemplo, os judeus pensavam que bastava ter por pai a Abraão que já eram salvos, porém, a filiação divina não se alcança através de vínculos consangüíneos (descendência), e sim, por meio da mesma fé que teve o pai Abraão.
Terceiro, a fé é proveniente daquilo que ouvimos acerca de Deus. A fé do homem não move montanhas, porém, ele crê em quem tem poder para removê-las. A fé de Elias não produziu o fogo que consumiu o altar dos profetas de Baal, porém, o Deus de Elias, em quem ele depositou fé, é que fez descer fogo do céu.
Os adoradores de Baal acreditavam que seriam ouvidos. Acreditavam tanto que aceitaram o desafio de Elias. Porém, a 'fé' deles fez algo acontecer? A adoração deles elevou o ídolo à condição de um deus? Não!
O evangelho é que produz fé, e dele decorre o arrependimento. Ao ouvir a mensagem do evangelho o homem pode arrepende-se ou permanecer de posse dos seus conceitos. Pode crer ou rejeitar. Conclui-se que fé e arrependimento são produzidos através da mensagem do evangelho. Observe:
"Mas anunciei primeiramente aos de Damasco e em Jerusalém, por toda a região da Judéia, e aos gentios, que se arrependessem e se convertessem a Deus, praticando obras dignas de arrependimento" ( At 26:20 );

"Então, saindo eles, pregavam ao povo que se arrependesse" ( Mc 6:12 );
"E que em seu nome se pregasse arrependimento para remissão..." ( Lc 24:47 ).
O anunciado ou o conteúdo da mensagem do evangelho é que o homem se arrependa, ou seja, que abandone os seus conceitos, e aceitem a Cristo para que obtenham a remissão dos pecados. Quando o homem abandona os seus conceitos, ele se converte a Deus, ou seja, crê em Cristo.
"Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos alguns apostatarão da fé..." ( 1Tm 4:1 );

"Só quisera saber isto de vós: recebestes o Espírito pelas obras da lei, ou pela pregação da fé?" ( Gl 3:2 e 5 );

"Mas que diz? A palavra está junto de ti; está na tua boca e no teu coração, isto é, a palavra da fé que pregamos" ( Rm 10:8 ).
Nestes versículos o conteúdo da mensagem do evangelho é designado de ‘fé’, e por isso, Judas exorta os cristãos a batalhar pela fé que um dia foi dada aos santos! ( Jd 1:3 ).  

Falamos no início de uma fé geral, ou como os teólogos apontam: fé natural. Esta fé ou confiança (crença) que todos os homens possuem foi formada com base em experiências próprias, ensinamentos, evidências, etc. Esta fé geral, em última instância, tem a sua base em Deus, pois Ele em sua magnificência se dá a conhecer através da natureza, demonstrando a sua bondade e fidelidade através das leis preestabelecidas.
As leis pré-estabelecida dá ao homem natural confiança e segurança, podendo confiar que sempre haverá um amanhã. É com base na fidelidade de Deus que o homem natural semeia, procria, faz planos, etc. Se não fosse a certeza e segurança de que não haverá mudança repentina nos eventos do dia-a-dia o homem não teria vida.
Mesmo quando a certeza do homem se apóia em probabilidade, o homem consegue guiar-se ante a certeza dos seus riscos. Por não haver caos instalado no universo, o homem tem fé, entretanto, esta não é a fé salvadora. Todos os homens nascem sem fé, e ao se desenvolverem vão aprendendo a confiar nos pais, amigos, na vida, etc.
O homem descendente de Adão (homem natural) tem em si uma sentença de morte que operou a mudança radical em sua natureza. Porém, mesmo após esta mudança radical, ele continua sendo o recipiente da fé, tanto da fé geral, quanto da fé salvadora. Isto porque, da mesma forma que a fé geral tem a sua origem em Deus, a fé para a salvação também é concedida por Deus, pois todos os homens são recipientes da fé.
A queda do homem mudou-lhe a natureza, mas quanto a ter fé e certeza das coisas que o cercam, esta capacidade não foi afetada. É quanto a isso que se aplica a alegoria da escravidão: mesmo não podendo alterar a sua condição, quanto a sua liberdade, o escravo tem liberdade para ver o mundo sob a sua óptica, aprender e acreditar nas coisas que bem entender.
O homem preso nas amaras do pecado, ao ouvir a mensagem salvadora e crer, recebe de Deus uma nova vida, sendo liberto da antiga natureza.
Observe que a mensagem do evangelho é argumentativa, demonstrando a condição do homem sob a égide do pecado, a necessidade de mudança de conceitos quanto a como se salvar, a necessidade de um novo nascimento e que tal mudança necessária à natureza se alcança somente por meio da fé em Cristo.
A mensagem do evangelho é única e destina-se a todos os homens. Estes precisam ouvir a mensagem e se decidir por Cristo.
Observe o quanto Paulo argumentou sobre o evangelho ao falar com Félix e sua mulher Drusila, e depois com o rei Agripa, tentando convencê-los de aceitarem a fé em Cristo "E discorrendo ele sobre a justiça, o domínio próprio e o juízo vindouro..." ( At 24:25 ).
A decisão em aceitar a mensagem do evangelho compete ao ouvinte, que após se inteirar daquilo que Deus fez em prol dos pecadores, confia em Deus, que prometeu e tem poder para salvá-lo.
A mensagem que diz: "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna" ( Jo 3:16 ), permanece viva: é preciso crer para ter vida eterna.
E a pergunta que diz: "Como crerão se não há quem pregue?" ( Rm 10:14 ), também é atual.
Através desta análise procuramos evidenciar que: a mensagem do evangelho em muitos versos bíblicos é designada através daquilo que produz: fé, e não se prende a definição que se encontra na carta aos Hebreus "Ora, a fé é a certeza das coisas que se esperam, e a prova das coisas que não se vêem" ( Hb 11:1 ).
Este tipo de abordagem é uma Figura de Estilo, utilizada na escrita para dar maior expressividade ao que se pretende transmitir. Quando se troca em um texto um nome por outro, havendo entre eles uma relação lógica, é o que denominamos Metonímia. Ou seja, quando se troca a causa pelo efeito, como é o caso de trocar a palavra 'evangelho' que é a causa da fé, pela palavra que designa o efeito 'fé', temos uma Metonímia.


Ap Ailton Guimarães


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