Um
renomado cientista disse certa vez que se houvesse uma guerra nuclear o
primeiro que as pessoas fariam depois de passado o perigo seria procurar suas
famílias.
Nós, não temos como deixar de observar a variedade de famílias em nossas
congregações.
As famílias são importantes para nos ensinar e são importantes para Deus. Os
Testemunhos nos dizem que os lares cristãos que vivem de acordo com o plano de
Deus são Seus agentes mais eficazes para o avanço de Sua obra. Nossas famílias
são símbolos da família celestial, para serem mostradas ao mundo, e para
servirem de lições objetivas de como são as famílias que amam a Deus e guardam
Seus mandamentos.
A história mostra o surgimento e queda de grandes sociedades antigas como as de
Roma, Grécia e Egito. Quando as sociedades estavam no pico do poder e da
prosperidade, as famílias eram fortemente estabelecidas e valorizadas. Quando a
vida familiar enfraquece, não é valorizada e torna-se extremamente
individualista, a sociedade começa a se deteriorar e fragmentar.
O coração da comunidade, da igreja e da nação é o lar. O bem-estar da
sociedade, o sucesso da igreja e a prosperidade da nação dependem das
influências do lar. A qualidade da vida familiar é extremamente importante para
nossa felicidade e saúde mental como indivíduos.
Nos anos recentes a importância e estilo de vida da família e do lar têm sido
questionados, mas a ação do pêndulo do mundo está passando para trás a
importância de famílias fortes, que conhecem quais são as raízes da nação. Se
esse for o caso, certamente nossa igreja deve tomar a posição de liderança na
promoção de famílias cristãs fortes.
Muitos de nós não tivemos modelos ideais de como deveria ser a família cristã;
então como podemos aprender? O modelo mais positivo que possuímos é a Palavra.
Na verdade, é o único modelo verdadeiro e seguro. É a forma escolhida por Deus
para transmitir Sua vontade a nossas famílias.
Interessei-me pelos resultados de um estudo realizado pelo Family Strengths
Research Project (Projeto de Pesquisa do Poder da Família), em Oklahoma. O
Cooperative Extension Service (Serviço de Extensão Cooperativa) auxiliado pelo
agente do Home Economic Extension Service (Serviço de Extensão da Economia do
Lar), em cada cidade de Oklahoma, trabalharam juntos para recomendar o que
considero famílias especialmente fortes. Armados com materiais de diretrizes e
de antecedentes, as famílias foram entrevistadas de forma abrangente.
Após o extenso material ter sido analisado, seis qualificadores se destacaram
os quais pareciam exercer papel muito importante no fortalecimento e felicidade
dessas famílias.
Se essas famílias foram consideradas como as mais destacadas em Oklahoma (essas
tendência parecem ser as mesmas em um estudo nacional agora em andamento),
então talvez deveríamos tirar tempo para examiná-las.
1. Passar tempo juntos – famílias que
realizavam muitas atividades juntos. Esse tempo passado juntos não ACONTECIA
POR ACASO. Eles FAZIAM acontecer. Mantinham-se unidas em todas as áreas da vida:
refeições, recreação, culto e trabalho.
2. Bons modelos de comunicação – Passavam
tempo conversando e ouvindo com atenção. O bom ouvinte transmite respeito. Se
você me ouve, então eu o ouço. Em um dos seminários que realizei, sugeri uma
forma de ajudar as pessoas a realmente ouvirem o que você diz, caso sinta que
esse não está sendo o caso. Escreva uma nota e expresse seus sentimentos e
então peça a seu cônjuge para ler essa nota quando você não estiver presente,
dando-lhe assim atenção total. Após a reunião um senhor me procurou para me
agradecer e dizer que iria tentar esse recurso. Ele disse: “Minha esposa nunca
escuta o que eu digo; sinto como se ela estivesse falando com outra pessoa ao
telefone e acenasse com a cabeça para mim dizendo: ‘sim, ouvi, continue ...,
mas prossegue falando com a outra pessoa”. Ouvir é uma parte muito importante
da boa comunicação.
3. Compromisso – Palavra impopular nestes
dias. A maioria das pessoas não está disposta a comprometer-se de forma alguma,
porém, essas famílias estavam profundamente comprometidas a promover a
felicidade e bem-estar uns dos outros. Quando a vida se torna tão agitada que
os membros da família sentem que não estão passando muito tempo juntos o quanto
deveriam, sentam-se e preparam uma relação de atividades nas quais todos possam
estar envolvidos. Com percepção crítica organizam as prioridades a fim de
reservarem mais tempo livre para a família.
4. Elevado grau de orientação religiosa –
Isso harmoniza com a pesquisa realizada nos últimos 40 anos, que demonstra
relacionamento positivo entre a religião e a felicidade conjugal e
relacionamentos bem-sucedidos na família. O compromisso se torna mais profundo
ao freqüentarem a igreja e participarem das atividades religiosas. É o
compromisso para com o estilo de vida espiritual. Este é descrito como a
conscientização de Deus que lhes concedeu senso de propósito e de apoio e
fortalecimento mútuos. Essa noção de comunicação com o Poder superior ajuda-os
a serem mais pacientes uns com os outros, mais perdoadores, mais prontos a
eliminarem a ira, mais positivos e mais incentivadores em seus relacionamentos.
Em outras palavras, simplesmente viver o cristianismo na prática diária!
5. Capacidade de enfrentar as crises de forma
positiva – As crises são tratadas de
forma construtiva. De alguma forma conseguem ver na situação mais negra algum
elemento positivo, não importa o quão diminuto seja e concentram-se nele.
Aprendem a confiarem e a contarem uns com os outros. Eles se unem e não
permitem que a crise os fragmentem.
6. Admiração – Essas famílias expressam
muita admiração uns pelos outros. Eles se edificam psicologicamente e dão uns
aos outros muitas impressões positivas. Não há quem não aprecie estar na
companhia de alguém que o ajude a se sentir bem consigo mesmo! Algumas vezes o
marido prefere o ambiente do trabalho porque seus colegas o fazem se sentir
melhor em relação a si mesmo do que sua esposa – sente-se mais respeitado.
Infeliz-mente, a esposa não tem essa mesma possibilidade do marido e se ele não
demonstrar apreciação por ela sua auto-estima míngua e morre. O filho, muitas
vezes prefere passar tempo com seus colegas porque estes não o criticam da
forma que seus pais fazem. A afirmação pode ser um jogo divertido na família.
Tente fazer isso no culto familiar. Cada um tece algum elogio a outro membro da
família. Recentemente fizemos isso em nossa família – com nossos filhos
adultos, netos – e fomos profundamente tocados.
Creio que podemos encontrar esses seis princípios na Palavra de Deus.
Apreciaria convidar cada um de vocês a fazerem um novo compromisso hoje, de
reorganizar seus valores e prioridades a fim de que nossas famílias sejam
verdadeiramente “famílias de Deus”.
Ap Ailton Guimarães
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