4.2 O colérico intransigente
É vivaz, ardente, ativo, prático e voluntarioso.
Quase sempre é auto-suficiente e independente. Tem facilidade em tomar decisões
por si e por outras pessoas.
Não precisa ser estimulado. Ao contrário, ele é que
estimula seu ambiente com idéias, planos ambiciosos e atividades.
É capaz de criar projetos lucrativos de longo
alcance. Toma a atitude definitiva diante de problemas, e freqüentemente se vê
envolvido em campanhas contra injustiças sociais e outras do gênero.
As adversidades servem-lhe de estímulo e não de
obstáculo.
Possui firmeza inabalável e vence suas lutas por
insistência enquanto outros já desanimaram.
É o chefe nato. Não se compadece facilmente dos
outros.
É hábil em reconhecer oportunidades, mas não é dado
a análises. Prefere uma avaliação rápida, quase intuitiva. Possui a tendência a
ser tirânico e, muitas vezes, é considerado um oportunista.
Quando adulto, é difícil para o colérico aceitar a
Cristo, devido à sua auto-sufíciência e, mesmo que o aceite, tem dificuldade em
confiar plenamente no Senhor e em aceitar a afirmação de Jesus: "Sem mim,
nada podeis fazer".
Muitos grandes generais e líderes mundiais foram
coléricos. Pode ser um bom gerente, planejador, produtor, ditador ou até mesmo
criminoso.
Em suma colérico é:
v Determinado em seus projetos, que são plenos de significado.
v Prático e eficiente na hora de tomar decisões rápidas.
v Líder rápido e ousado.
v Otimista, visualizando
apenas o objetivo e não as dificuldades.
AS FRAQUEZAS DO COLÉRICO É:
v Violento - A ira é uma de suas fraquezas que o tornam insensível à
compaixão cristã. Diferente do sangüíneo, ele explode violentamente e continua
a guardar rancor. É vingativo, o que o torna uma pessoa indesejável ao
convívio.
v Cruel - tende a cultivar uma úlcera antes dos 40 anos de idade.
Espiritualmente, contrista o Espírito Santo pela amargura, ira e rancor que lhe
dão vestígios de crueldade. Característica que, se não controlada por padrões
morais, pode tomá-lo um ditador ou criminoso.
v Impetuoso - seu temperamento determinado pode levá-lo a iniciativas das
quais se arrependerá posteriormente. É-lhe difícil demonstrar aprovação, o que
lhe cria problemas no casamento, quando se acresce a essa dificuldade a crítica
mordaz e declarações cruéis.
v Auto-suficiente - sua autoconfiança excessiva pode tomá-lo arrogante e
prepotente por se achar auto-suficiente.
v No campo espiritual, esta fraqueza de temperamento o impede de aceitar o
senhorio do Espírito Santo em sua vida.
v De todos os temperamentos, é
o que mais necessidades espirituais tem: amor, paz, bondade, paciência,
humildade, benevolência.
4.3 O melancólico
Considerado, comumente, um temperamento hostil e sombrio, na verdade, é o mais rico dos temperamentos, pois é um tipo analítico, abnegado, bem dotado e perfeccionista. Ninguém desfruta maior prazer com as belas artes do que ele.
É, por natureza, introvertido, mas chega a ter
estados momentâneos de êxtase.
É um amigo muito fiel, mas, ao contrário do
sangüíneo, não faz amigos facilmente. Não tomará a atitude de procurá-los e
esperará que o procurem.
É o tipo mais confiável, pois seu temperamento
perfeccionista não permitirá que ele desaponte alguém que conte com ele. Mas
tem propensão a ser desconfiado quando o procuram ou o acumulam de atenções.
Seu lado analítico faz com que apure com cuidado os
obstáculos de um projeto. Isto, normalmente, o afasta de novos projetos e gera
conflitos com os que tentam iniciá-lo.
Pode se animar muito com algo e produzir grandes
coisas, mas, em seguida, sobrevêm-lhe uma fase depressiva.
Geralmente encontra maior significado para sua vida
no sacrifício pessoal, e tende a escolher na vida uma vocação difícil, que
envolva grande esforço pessoal, e a desempenha com persistência, procurando
realizá-la bem.
O melancólico é o temperamento com maior
potencialidade inata a ser aplicada pelo Espírito Santo. E muitos personagens
bíblicos possuíam o temperamento melancólico, como Moisés, Elias, Salomão, o
apóstolo João e outros.
O melancólico é:
v Sensível, meditando com ponderação sobre suas emoções.
v Perfeccionista na imposição a si e aos outros de um elevado padrão de
qualidade.
v Analítico - caçador de detalhes e de problemas latentes num projeto.
v Amigo fiel - "daria sua vida" pelos poucos amigos.
v Abnegado na execução de
qualquer trabalho.
AS FRAQUEZAS DO MELANCOLICO:
v Egocêntrico - é inclinado à autocontemplação benévola, que lhe paralisa
a energia e a vontade. Está sempre a dissecar as próprias emoções numa eterna
auto-análise que lhe tira a naturalidade e o levam a condições mentais
mórbidas.
v Interessa-se excessivamente por sua condição física também, o que pode
originar uma hipocondria. Este egocentrismo, aliado à sua natureza sensível,
faz com que seus sentimentos estejam sempre à flor da pele, e com que seja
desconfiado. Em casos agudos, com que tenha mania de perseguição.
v Pessimista - por sua natureza analítica e perfeccionista, tende a
procurar os problemas de um projeto, que. normalmente lhe pesam bem mais que o
esforço conjunto para vencê-los.
v Esta concepção pessimista o torna inseguro para tomar decisões porque
não deseja cometer erros.
v Crítico - tem a tendência de ser inflexível com relação ao que espera
dos outros e não consegue aceitar menos que o melhor por parte deles. Muitos
casamentos de perfeccionistas fracassaram porque suas esposas atingiam apenas
90% do que esperavam delas. A pequena parcela de erros, ele tende a amplificar.
v É tão crítico para consigo mesmo como o é para com os outros.
v Caprichoso - é o temperamento que manifesta maior alteração de ânimo.
Tem fases raras de euforia exuberante, às quais se segue uma fase sombria.
v Hipócrates chegou a qualificar o fluido melancólico como
"negro". Este estado de ânimo cria um círculo vicioso, pois suas
fases de desapontamento acabam enervando seus amigos, que passam a evitá-lo.
Isto o conduzirá a uma tristeza ainda maior.
v Essas sombrias disposições de ânimo levam o melancólico à nostalgia e à
fuga do presente por meio de devaneios em relação ao futuro. Uma pessoa
melancólica deve procurar o auxílio do Espírito Santo para desviar seus olhos
de si mesmo e localizá-los no "puro campo de colheita" das pessoas
necessitadas à sua volta.
v Vingativo - esta é outra característica do melancólico que, por seu
perfeccionismo, tem dificuldade de perdoar.
Embora pareça calmo e sossegado, pode carregar
dentro de si um ódio turbulento. Pode ser que jamais o ponha em prática, como o
colérico, mas pode alimentar esse ódio vingativo por muitos anos.
v O melancólico parece ter o maior número de forças e também de fraquezas,
o que torna difícil encontrar um melancólico de nível médio, porém suas
fraquezas acentuadas podem levá-lo à esquizofrenia ou hipocondria.
v A fé em Jesus Cristo pode
ajudá-lo muito com dons espirituais como o amor, a alegria, a paz, a bondade, a
fé e o autocontrole.
4.4 O fleumático
É o tipo calmo, frio e bem equilibrado. A vida para ele é algo severo e agradável com o qual não quer muito envolvimento.
Jamais parece perturbar-se sob qualquer
circunstância. Não explode em raiva ou riso porque tem as emoções sob controle.
Ao fleumático não faltam amigos, porque ele gosta
do convívio social e tem um humor mordaz, capaz de provocar gargalhadas sem dar
um sorriso se quer.
É organizado e tem ótima memória. Sente-se irritado
com o temperamento inquieto do sangüíneo e sempre lhe aponta a futilidade. Fica
aborrecido com os momentos depressivos do melancólico e está sempre disposto a
ridicularizá-lo. Lança, com prazer, jatos d'água fria nos planos efervescentes
do colérico. Porém não passa de espectador em sua relação com eles, sem se
envolver em suas atividades.
É geralmente simpático e de bom coração, mas
raramente deixa transparecer seus sentimentos.
Não aceitará um cargo de liderança espontaneamente,
mas se mostra capaz, caso tenha de ocupá-lo. É um conciliador e pacificador
inato.
O fleumático é:
v Espirituoso - com imperturbável bom humor.
v Digno de confiança, mesmo sem se envolver em demasia com o outro.
v Prático - trabalha bem sob tensão.
v Tem hábitos metódicos.
v Eficiente - com padrões
elevados de zelo e precisão.
AS FRAQUEZAS DO FLEUMÁTICO:
v Moroso e indolente - freqüentemente parece estar arrastando os pés, pois
ressente-se de ser forçado à ação.
v Tem falta de motivação, o que o toma um espectador da vida e reforça a
tendência a fazer o mínimo necessário. Deixa de realizar muitos projetos sobre
os quais pensa, mas que lhe parecem sempre trabalhosos.
v O desassossego do sangüíneo e a atividade do colérico quase sempre o
aborrecem, pois teme que eles o forcem a trabalhar.
v Provocador - devido ao seu agudo senso de humor e capacidade de ser
observador desinteressado, tem facilidade em provocar o próximo que procura
motivá-lo.
v Se um sangüíneo entra animado, o fleumático toma-se distante e frio. Se
o melancólico se mostra otimista, ele o provoca com um otimismo exagerado. Se
um colérico se aproxima repleto de planos, é um prazer requintado para o
fleumático derramar água fria em seu entusiasmo.
v Egoísta e obstinado - Com o passar dos anos, seu extremo egoísmo se
acentua, porque torna-se uma defesa. Opõe-se obstinadamente a qualquer espécie
de mudança. Deseja manter-se conservador para conservar suas próprias energias.
v Indeciso - torna-se cada dia mais indeciso por seu temor de
comprometer-se. Seu discernimento prático, sua calma e capacidade analítica
podem, eventualmente, encontrar um método melhor para um projeto, mas, quando
ele toma a decisão de executá-lo, alguém dos temperamentos determinados já está
atuando no projeto.
v As necessidades espirituais
primordiais do fleumático são o amor, a bondade, a docilidade, a temperança e a
fé.
*************
A grande diferença entre os quatro tipos de
temperamento nos mostra porque as pessoas são indivíduos, sem contar as várias
combinações dos quatro temperamentos básicos.
Não se pode dizer que um deles é melhor, mas todos
possuem forças e riquezas, assim como fraquezas e perigos.
RESUMO:
■ As forças de cada temperamento os tornam atraentes, e graças a Deus que
nos deu um pouco da força de cada um.
■ Mas chegou o momento de encarar as fraquezas, que Deus pode nos ajudar
a transformar.Ap Ailton Guimarães
Muito bom, gosto muito de ler sobre o assunto.
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