Não são idéias em nossa mente, conforme
ocorre com os dons de revelação.
A inspiração é um pensamento acerca de
determinado assunto que desejamos compreender e desenvolver.
A partir do nosso desejo e ocupação do
nosso pensamento em relação ao assunto, a inspiração virá em forma de idéias
coordenadas. Nem sempre a inspiração vem completa.
“Abre bem a tua boca e ta encherei”.
Salmos 81:10b.
Profecia
“Certamente o Senhor Deus não fará
coisa alguma, sem primeiro
revelar o seu segredo aos seus servos,
os profetas”. Amós 3:7.
“... procurai com zelo os dons
espirituais, mas principalmente
o de profetizar”. I Coríntios 14:1.
O Dom de profecia é um dom de grande
valor e necessário à vida da Igreja. É um sinal para os que o crêem. I Coríntios 14:22b.
Não é um dom para uso particular, mas
para a edificação.
A palavra profética pode está no meio
de um sermão, numa palavra durante o período de louvor, num aconselhamento e
até numa conversa informal.
Exemplos:
• O cântico de Maria, contém profecias. Lucas 1:46-56.
• O cântico de Simeão, contém profecias, a
respeito de Jesus. Lucas 2:29-35.
• Profecia de Ágabo sobre Paulo. Atos 11:28.
Umas das confusões que é feita em relação a esse dom é de que o profeta
é o pastor e a palavra profética é o sermão.
O dom de profetizar é distinto de uma
pregação comum.
Às vezes a profecia vem juntamente com
uma visão.
Outras vezes é criado pelo Senhor um
quadro mental, juntamente com a inspiração.
A profecia deve ser entregue com fé e
segurança. Romanos 12:6.
Há grupos onde a profecia é tão usual
que não é julgada.
A comunicação entre os irmãos se dá por
meio de “profecia” recados com direção pessoal ou para a Igreja.
Falar em nome de Deus é algo muito
sério, mas deixar de falar também é. Dizer que Deus mandou, quando não mandou;
ou coisas semelhantes a “Senti de Deus para lhe procurar e pedir; ou Deus me
mandou que você me desse isso...”.
A profecia é uma inspiração do Espírito
e seu objetivo é:
“A manifestação do Espírito é concedida
a cada um,
visando um fim proveitoso”. I Coríntios 12:7
O ofício de profeta é um ministério
especial, indo além do simples dom de receber mensagens inspiradas.
Exemplo: Samuel, como profeta, além de
trazer mensagens de Deus para povo, apresentava o povo a Deus.
Samuel era, ao mesmo tempo, profeta e
sacerdote.
Davi se reconhecia como profeta, tinha
comunhão com Deus, e sabia de fatos que ocorreriam bem além da sua época.
No Antigo Testamento, Deus concedia a
um homem este privilégio, na Nova Dispensação o privilégio é para todos os que
desejam e buscam com “zelo melhores dons”.
O verdadeiro profeta é reconhecido, não
pela força da profecia, mas pelos frutos pessoais, que só a Palavra de Deus
pode produzir, para o seu próprio crescimento espiritual e para a edificação da
Igreja.
A palavra de um profeta precisa
concordar com a Bíblia e com sua própria vida.
Uma pessoa que tem o dom de profecia,
está sujeita a erros, e precisa submeter-se ao julgamento da Igreja.
Há pessoas que não aceitam correção,
porque consideram que estão acima de qualquer advertência.
“A soberba precede a ruína e a altivez
de espírito
precede a queda”. Provérbios 16:18.
O Espírito Santo não pode atuar onde
não há humildade.
A Bíblia fala que os dons precisam ser
julgados, para que aqueles que os possuem possam ser abençoados em sua vida
particular e sejam abençoadores dos que estão próximos.
Falsos profetas existem em grande
número e precisam ser contestados quando se propuserem a falar para a Igreja.
O verdadeiro profeta não procura
conseguir informações sobre as pessoas, a profecia vem pela comunhão com o
Espírito Santo. Uma profecia pode antecipar um acontecimento que, sendo de
Deus, terá o cumprimento a seu tempo.
Caso seja uma profecia da mente, ela se
diluirá e, sendo da parte do inimigo, poderá ser impedida com orações de
autoridade. Para isso é necessário o uso do discernimento.
A essência da verdadeira profecia está
na fé e certeza da verdade divina e da inspiração do Espírito Santo em todos os
níveis, físico, mental e espiritual.
O homem que provou o novo nascimento,
está despojado de si mesmo e revestido do novo homem.
“... já vos despistes do velho homem
com seus feitos, e vos vestistes
do novo, que se renova para o
conhecimento, segundo a
imagem daquele que o criou”. Colossenses 3:9b-10.
Ler Filipenses 2:3-11 e Gálatas
3:26-29.
O verdadeiro profeta é aquele
que quando está enfraquecido, sabe que em Deus encontra força, porque já tomou
posse das verdades eternas e possui promessas de fortalecimento.
“A minha carne e o meu coração
desfalecem; mas Deus é a fortaleza do meu coração,
e a minha porção para sempre”. Salmos
73:26.
O profeta com um ministério
precisa alcançar a vitória sobre o mundo e a vitória sobre si mesmo.
A Bíblia diz que:
“enganoso é o coração do homem mais, do
que todas as coisas,
e perverso: quem o conhecerá?”.
Jeremias 17:9.
O profeta estará sempre atento para discernir entre:
• A mente espiritual e a mente racional.
• O zelo pela manifestação da Glória de Deus
e o desejo egoísta de um sucesso pessoal.
• A submissão ao julgamento de Deus e a
satisfação de possuir um dom ou de ser usado como profeta.
• Falar a Palavra de Deus e expor seus
pensamentos.
Todo profeta está sujeito aos problemas
existenciais comuns a todos. Não é imune às tentações.
Os que foram usados por Deus para a
operação de maravilhas, no passado, eram pessoas comuns, sujeitos às mesmas
fraquezas e fracassos.
Elias serve como um exemplo desta
verdade. Ler o texto sobre Elias em Tiago 5:17-18.
Por esses motivos, o crente deverá
estar sempre em comunhão com Deus, buscando as curas e as respostas que precisa
para suas ansiedades, lutas, medos, tentações, insegurança, dificuldade em
perdoar...
Quando o servo gastar tempo para ouvir
a voz de Deus; quando ele puder orar diante da Igreja, como se estivesse
sozinho no seu quarto, estará estabelecida a comunhão com o Pai, e nada mais
poderá separá-lo do amor de Deus.
Enquanto abrigarmos lamentações e
queixas contra a vida, e formos ansiosos e impacientes, é porque ainda estamos
tão envolvidos com a nossa humanidade que não conseguimos permanecer
“assentados nos lugares celestiais”.
Objetivos da Profecia:
O dom de profecia tem um propósito especial:
“edificar, consolar e exortar”. I Coríntios 14:3.
• Edificar: É construir um edifício com
bases sólidas.
A Igreja de Jesus
está sendo edificada através dos séculos, sobre a Rocha fundamental: Jesus
Cristo é o Filho de Deus. Essa verdade é a sustentação da Igreja através dos
séculos.
A profecia, em
concordância com a Palavra de Deus, é base para o fortalecimento da fé e da
esperança da Igreja.
• Consolar: É aproximar-se de alguém que
precisa de conforto, de ajuda, de orientação e defesa, e amenizar o seu
sofrimento. É chorar com os que choram. É a preocupar-se com o caminhar de
alguém. É transmitir luz, alegria e paz.
“Porque todos podeis profetizar, uns depois dos outros; para que todos
aprendam e
todos sejam consolados”. “Que nos
consola em toda a nossa tribulação,
para que também possamos consolar”. I
Coríntios 14:31 e II Coríntios 1:4.
• Exortar: É chamar a atenção de alguém, que
esteja errado, com a intenção de mostrar-lhe a verdade.
Ser profeta é possuir um dos dons que Cristo concedeu à Igreja.
“Ele mesmo deu uns para apóstolos,
outros para profetas, outros
para evangelistas, outros para pastores
e doutores,
querendo o aperfeiçoamento dos santos,
para
a obra
do ministério, para a edificação do
corpo de Cristo, até que todos
cheguemos a unidade da fé,
ao conhecimento do filho de Deus, a
varão perfeito,
à medida da estatura completa de
Cristo”. Efésios 4:11-13.
As Três Fontes Possíveis:
• O Espírito Santo:
“O espírito do Senhor falou por mim e a
sua palavra
esteve em minha boca”. (Davi). II
Samuel 23:2.
“... disse-me o Senhor: Eis que ponho
as minhas
palavras na tua boca”. Jeremias 1:9.
“... e veio sobre eles o Espírito
Santo; e falavam
línguas e profetizavam”. Atos 19:6.
Profecia de Ágabo, quando
tomou a cinta de Paulo e ligou seus próprios pés e mãos:
“Isto diz o Espírito Santo: Assim
ligarão os judeus, em Jerusalém, o varão de quem
é esta cinta, e o entregarão nas mãos
dos gentios...”. Ler Atos 21:10-14.
• Espíritos imundos e mentirosos:
“Quando vos disserem: consulta os que
têm espírito familiares
e os adivinhos que chilreiam e murmuram
entre os dentes;
não recorrerá um povo ao seu Deus? a
favor dos vivos,
interrogar-se-ão os mortos”. Isaías
8:19.
“... Eu sairei e serei um espírito de
mentira na boca
de todos os seus profetas”. Reis 22:22.
... Estes homens que nos anunciam o
caminho da salvação,
são servos do Deus Altíssimo”. Atos 16:17.
• A mente humana:
“Não deis ouvidos às palavras dos
profetas, que entre vós profetizam;
ensinam-vos vaidades; falam da visão do seu coração,
não da boca do Senhor”. Jeremias 23:16.
“... profetiza contra os profetas de
Israel que são profetizadores,
e dize aos que só profetizam o que vê o seu coração:
ouvi a Palavra do Senhor... Ai dos
profetas loucos,
que seguem o seu próprio espírito
e as coisas que não viram!”. Ezequiel
13:2-3.
O grande segredo para manter
puro esse dom espiritual, é conservar o equilíbrio entre a fé e a fidelidade às
Escrituras,
“examinando tudo e retendo o bem”.I
Tessalonicenses 5:21.
Não se deve reprimir o dom da profecia,
porque seria negar a expressão, a comunicação do próprio Deus e a sua
manifestação através das pessoas e da Igreja.
É necessário manter a pureza da
comunhão entre o “vaso de barro e o oleiro”, entre o profeta e Deus, para
sermos capazes de ser usados por Ele como canal.
“Não se deve permitir
a qualquer pessoa ministrar como profeta na Igreja, a menos que os irmãos
conheçam totalmente a sua vida, sua doutrina e o seu testemunho”.
Citado por Dennis e
Rita Bennet.
Cuidados:
Profecias futuristas, de previsões
pessoais ou de direção para a Igreja, não devem ser aceitas sem a testificação
de Deus e o julgamento da Igreja.
É preciso esperar a testificação, por
outras testemunhas.
Jesus, em suas palavras, apresentou
sempre a verdade.
A recomendação de Deus para o homem,
desde o princípio da vida na terra, é fé e obediência à Sua Palavra: o conteúdo
da Lei de Moisés, os escritos dos profetas, o Sermão do Monte, as Palavras de
Jesus e a direção deixada pelos apóstolos.
“Não fareis conforme a tudo o que hoje
fazemos aqui, cada qual tudo o que bem
parece aos seus olhos”. Deuteronômio 12:8.
“Guarda-te, que não ofereças os teus
holocaustos em todo o lugar que vires;
mas no lugar que o Senhor escolher...”.
Deuteronômio 12:13-14a.
Exemplos de transgressão da Palavra de Deus:
• Caim ofereceu um sacrifício a Deus
conforme o seu próprio pensamento, desprezando o mandamento de Deus. Gênesis 4:3-7 e I João 3:12.
• Nadab e Abiú ofereceram fogo estranho no
altar. Ler Levítico 10:1-11.
• Coré, Datã e Abirão, líderes do povo,
comandaram uma rebelião contra Moisés e Arão. Ler Números 16:1-35.
• Uzá
morreu por tentar salvar a arca. II Samuel 6:5-8; I Crônicas 13:7-14 e I
Crônicas 15:2e11-15.
Ap Ailton Guimarães
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