Línguas
“Ainda
que eu falasse as línguas dos
homens
e dos anjos...”. I Coríntios 13:1.
Na implantação do Tempo da Graça, houve uma
intervenção de Deus na terra, de modo
milagroso:
O Espírito Santo desceu, em
forma de “línguas de fogo”, sobre a cabeça dos apóstolos que começaram a falar
em diversas línguas, desconhecidas para eles, mas compreendidas claramente
pelos ouvintes em seu próprio idioma.
Este acontecimento espiritual e histórico,
marca o nascimento de um novo Tempo na vida do homem. Ler Atos 2:1-13.
Comparar este episódio com a
narração sobre a confusão das línguas na Torre de Babel. Gênesis 11:1-9.
Essas duas ocorrências
mostram momentos em que foi necessário a intervenção de Deus na história do
homem.
Este dom é o mais fácil de ser adquirido,
porque só depende do desejo e da ousadia para que a pessoa tome posse dele.
“falarão
novas línguas”. Marcos 16:17b.
“variedade
de línguas”. I Coríntios 12:10b
“falam
todos diversas línguas?” . I Coríntios 12:30a.
“Eu
quero que todos vós faleis línguas estranhas”. I Coríntios 14:5a.
“dou
graças a Deus, porque falo mais línguas do
que todos vós”. I Coríntios 14:18.
“porque
o que fala língua estranha edifica-se a si mesmo”. I Coríntios 14:4.
Que são estas línguas?
É
a expressão verbal de uma língua desconhecida, nunca estudada antes. É uma
língua provinda do poder do Espírito Santo, não compreendida por quem fala, e
normalmente não entendida por quem a ouve. É a linguagem do Espírito.
“Porque
se eu orar em língua estranha,
o
meu espírito ora bem...”. I Coríntios 14:14a.
Nada tem a ver com o
intelecto humano e nem com os idiomas estrangeiros que podem ser estudados.
Ninguém pode conhecer qualquer língua ou dialeto sem ter estudado antes.
Se alguém falar uma língua
desconhecida, só pode ser por milagre e permissão de Deus, como sinal para
alguém que esteja presente e necessite de um sinal para conversão.
O dom de línguas estranhas é
a manifestação do poder de Deus por intermédio da fala humana. Quando o homem
utiliza o dom de línguas, sua mente, seu intelecto e o poder de compreensão
permanecem inativos. Neste caso a vontade é usada para aceitar esta experiência
vinda da parte de Deus.
A razão pela qual devemos entregar a nossa
língua à atuação do Espírito Santo, é considerar nossa própria língua incluída
nas seguintes palavras:
“Mas
nenhum homem pode domar a língua. É um mal que não se pode refrear;
está
cheia de peçonha mortal. Com ela bendizemos a Deus e Pai, e com ela
amaldiçoamos os homens,
feitos à semelhança de Deus. Da mesma boca procede bênção e
maldição”. Tiago 3:8.
Uma língua que for
controlada pela ação do Espírito Santo, passa a constituir-se numa bênção
divina.
O dom de línguas é um sinal
do batismo com o Espírito Santo e um auxílio para a vida cristã.
Não é preciso estudar para
aprender esta língua, porque não é um idioma, é um dom sobrenatural e universal
no sentido em que todos estão capacitados a receber.
Objetivos:
• Edificação pessoal - este é o único dom usado em benefício
próprio. Pode-se orar em línguas, sempre que desejar.
À medida que é exercitado, o
dom de línguas vai se tornando mais eficaz, pelo aperfeiçoamento.
• É
um veículo de adoração e louvor a Deus. Tanto no Pentecostes, quanto na casa de
Cornélio as pessoas falavam em línguas, glorificando a Deus. Atos 2:11 e 10:46.
• Comunhão com Deus - nosso espírito entra em comunhão com Deus,
através do Espírito Santo. I Coríntios 14:2.
• Edifica a Igreja quando é interpretada.
“... como desejais dons espirituais, procurai abundar
neles,
para edificação da Igreja”. I Coríntios 14:12.
Diversas religiões e seitas,
também utilizam línguas, racionalmente, a nível mental e não como um dom
sobrenatural, nem para edificação pessoal, nem para comunhão com Deus, mas como
energia psicológica, para ser transmitida aos outros através da imposição de
mãos.
A diferença principal é que
a língua como dom de Deus é recebida de cima, isto é, vem de fora para dentro;
e nas outras religiões, a energia é do próprio homem, de sua mente, vem de
dentro para fora. Exemplo: Mormons, Messiânica, Testemunhas de Jeová, Ciência
Cristã, e outras.
RecomendaÇÕes:
• Este dom deve ser usado sempre com sabedoria e discernimento, e
nunca por hábito, porque se tornaria inútil.
• Evitar usar em cultos públicos sem que haja intérprete.
• Quanto mais usado, tanto mais será aperfeiçoado.
• Cuidado com as vãs repetições. Uso de uma só expressão durante
longo tempo. Atenção para não ficar repetindo termos e expressões ouvidas dos
outros (imitação).
A recomendação de Jesus, em
relação à oração, deve ser aplicada em relação às línguas, porque elas, também,
são orações.
“E, orando, não useis de vãs repetições...”. Mateus 6:7.
• Estimular as pessoas a receberem o dom de línguas, já que no
batismo, disse as primeiras letras, alguma palavra ou frase.
Utilidade do uso do Dom de Línguas:
• Louvor e adoração em cânticos pessoal e congregacional;
• Edificação particular, intimidade com Deus;
• Durante a intercessão por pessoas, acontecimentos e pela nação,
expressões de louvor em línguas;
• Um clamor, um pedido de socorro, entremeados com louvores em
línguas;
• Garante a certeza da presença de Deus para proteção, ensino,
edificação e livramento.
Cânticos Espirituais:
“Falando
entre vós em salmos, e hinos e cânticos espirituais;
cantando
e salmodiando ao Senhor no vosso coração...”.
Efésios
5:19-21. Ler Colossenses 3:16.
Ao surgir um cântico
espiritual, o grupo deve ficar em silêncio, com atenção para que a Igreja seja
edificada.
Pode haver uma interpretação
se for um cântico acompanhado de línguas. Também pode ser individual ou em
conjunto, duas pessoas cantando, como num dueto, três, como num trio, ou mais
pessoas, como num coral.
As Línguas e o Batismo com o Espírito Santo:
O batismo com o Espírito
Santo é uma experiência que pode acontecer no momento da conversão ou do
batismo nas águas. Na maioria das vezes, acontece algum tempo após o batismo. A
conversão, o batismo nas águas e o batismo com o Espírito, são experiências
separadas que se completam.
O livro de Atos dá três
exemplos em que as línguas estranhas são a evidência de que alguém recebeu o
batismo com o Espírito Santo.
• No
dia do Pentecostes, quando todos falaram em línguas desconhecidas. Atos 2:4.
• Alguns dias depois, convidado a pregar perante Cornélio e um
grupo de pessoas, pagãos se converteram e falaram em línguas louvando a Deus. Atos 10:45-46.
• Em Éfeso, anos após, homens que tinham sido batizados por
Apolo, no batismo de João, foram batizados em nome de Jesus. Paulo impôs as
mãos sobre eles e todos falaram em línguas e profetizaram. Atos 19:1-7.
O
revestimento com o Espírito é um acontecimento separado da conversão e do
batismo nas águas, ainda que muitas vezes, possas estar juntos. O livro de Atos
registra dois exemplos onde não são mencionados:
• Pedro e João foram enviados, pelos
apóstolos, a Samaria. Ali, oraram e impuseram as mãos sobre os samaritanos e
eles receberam o Espírito Santo.
Pode-se
perfeitamente deduzir que a perplexidade de Simão, ao querer comprar o dom de
imposição de mãos, teria sido por ter ele presenciado algo diferente, e isso,
bem poderia ter sido o falar em línguas estranhas. Atos 8:14-17.
• Ananias impôs as mãos sobre Paulo, para
que recebesse o Espírito Santo. Atos 9:17-18.
Mais tarde,
vemos o depoimento de Paulo sobre línguas estranhas, em suas cartas às
Igrejas. Ler I Coríntios 14.
Este dom é ilógico, incompreensível?
Lembre-se de que “Deus usa as coisas “loucas” para confundir as
sábias; as coisas fracas para confundir as fortes”.
“Os meus pensamentos não são os vossos
pensamentos nem os
vossos caminhos
os meu caminhos”.
Isaías 55:8
A atuação de Deus está muito além do que podemos planejar,
fazer ou pensar.
Este dom é tão importante e
útil que satanás o imita.
O dom precisa ser usado para ser aperfeiçoado e não ser
desprezado por falta de fé ou de exercício.
Precisa também ser disciplinado, para que haja ordem no culto,
como o registro de Paulo:
“E os espíritos dos profetas estão
sujeitos aos profetas”. I Coríntios 14:32.
Então, há um domínio da
pessoa sobre suas emoções, contudo, reconhecemos que há momentos em que
sobrevém sobre o povo um poder e uma tão grande bênção que revelam a
manifestação e a glória de Deus.
É como se vivêssemos um
ambiente dos céus na terra.
Quem já provou sabe; quem lê entenda!
Ap Ailton Guimarães
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