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quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Dons Espirituais - 11ª Parte - Dom de Línguas



Línguas
“Ainda que eu falasse as línguas dos
homens e dos anjos...”. I Coríntios 13:1.
“... ore para que a possa interpretar”. I Coríntios 14:13. 

 
Na  implantação do Tempo da Graça, houve uma intervenção de  Deus na terra, de modo milagroso:
O Espírito Santo desceu, em forma de “línguas de fogo”, sobre a cabeça dos apóstolos que começaram a falar em diversas línguas, desconhecidas para eles, mas compreendidas claramente pelos ouvintes em seu próprio idioma.
Este acontecimento espiritual e histórico, marca o nascimento de um novo Tempo na vida do homem. Ler Atos 2:1-13.
Comparar este episódio com a narração sobre a confusão das línguas na Torre de Babel. Gênesis 11:1-9.
Essas duas ocorrências mostram momentos em que foi necessário a intervenção de Deus na história do homem.
Este dom é o mais fácil de ser adquirido, porque só depende do desejo e da ousadia para que a pessoa tome posse dele.
“falarão novas línguas”. Marcos 16:17b.
“variedade de línguas”. I Coríntios 12:10b
“falam todos diversas línguas?” . I Coríntios 12:30a.
“Eu quero que todos vós faleis línguas estranhas”. I Coríntios 14:5a.
“dou graças a Deus, porque falo mais línguas do  que todos vós”. I Coríntios 14:18.
“porque o que fala língua estranha edifica-se a si mesmo”. I Coríntios 14:4.
 
Que são estas línguas?
      É a expressão verbal de uma língua desconhecida, nunca estudada antes. É uma língua provinda do poder do Espírito Santo, não compreendida por quem fala, e normalmente não entendida por quem a ouve. É a linguagem do Espírito.
 
“Porque se eu orar em língua estranha,
o meu espírito ora bem...”. I Coríntios 14:14a.
 
Nada tem a ver com o intelecto humano e nem com os idiomas estrangeiros que podem ser estudados. Ninguém pode conhecer qualquer língua ou dialeto sem ter estudado antes.
Se alguém falar uma língua desconhecida, só pode ser por milagre e permissão de Deus, como sinal para alguém que esteja presente e necessite de um sinal para conversão.
O dom de línguas estranhas é a manifestação do poder de Deus por intermédio da fala humana. Quando o homem utiliza o dom de línguas, sua mente, seu intelecto e o poder de compreensão permanecem inativos. Neste caso a vontade é usada para aceitar esta experiência vinda da parte de Deus.
A razão pela qual devemos entregar a nossa língua à atuação do Espírito Santo, é considerar nossa própria língua incluída nas seguintes palavras:
 
“Mas nenhum homem pode domar a língua. É um mal que não se pode refrear;
está cheia de peçonha mortal. Com ela bendizemos a Deus e Pai, e com ela amaldiçoamos os homens,
 feitos à semelhança de Deus.  Da mesma boca procede bênção e maldição”.  Tiago 3:8.
 
Uma língua que for controlada pela ação do Espírito Santo, passa a constituir-se numa bênção divina.
O dom de línguas é um sinal do batismo com o Espírito Santo e um auxílio para a vida cristã.
Não é preciso estudar para aprender esta língua, porque não é um idioma, é um dom sobrenatural e universal no sentido em que todos estão capacitados a receber.
 
Objetivos:
      Edificação pessoal - este é o único dom usado em benefício próprio. Pode-se orar em línguas, sempre que desejar.
À medida que é exercitado, o dom de línguas vai se tornando mais eficaz, pelo aperfeiçoamento.
      É um veículo de adoração e louvor a Deus. Tanto no Pentecostes, quanto na casa de Cornélio as pessoas falavam em línguas, glorificando a Deus. Atos 2:11 e 10:46.
      Comunhão com Deus - nosso espírito entra em comunhão com Deus, através do Espírito Santo.  I Coríntios 14:2.
      Edifica a Igreja quando é interpretada.
 
“... como desejais dons espirituais, procurai abundar neles,
para edificação da Igreja”. I Coríntios 14:12.
 
Diversas religiões e seitas, também utilizam línguas, racionalmente, a nível mental e não como um dom sobrenatural, nem para edificação pessoal, nem para comunhão com Deus, mas como energia psicológica, para ser transmitida aos outros através da imposição de mãos.
A diferença principal é que a língua como dom de Deus é recebida de cima, isto é, vem de fora para dentro; e nas outras religiões, a energia é do próprio homem, de sua mente, vem de dentro para fora. Exemplo: Mormons, Messiânica, Testemunhas de Jeová, Ciência Cristã, e outras. 



RecomendaÇÕes:
      Este dom deve ser usado sempre com sabedoria e discernimento, e nunca por hábito, porque se tornaria inútil.
      Evitar usar em cultos públicos sem que haja intérprete.
      Quanto mais usado, tanto mais será aperfeiçoado.
      Cuidado com as vãs repetições. Uso de uma só expressão durante longo tempo. Atenção para não ficar repetindo termos e expressões ouvidas dos outros (imitação).
A recomendação de Jesus, em relação à oração, deve ser aplicada em relação às línguas, porque elas, também, são orações.
 
“E, orando, não useis de vãs repetições...”. Mateus 6:7.
 
      Estimular as pessoas a receberem o dom de línguas, já que no batismo, disse as primeiras letras, alguma palavra ou frase.
 
Utilidade do uso do Dom de Línguas:
      Louvor e adoração em cânticos pessoal e congregacional;
      Edificação particular, intimidade com Deus;
      Durante a intercessão por pessoas, acontecimentos e pela nação, expressões de louvor em línguas;
      Um clamor, um pedido de socorro, entremeados com louvores em línguas;
      Garante a certeza da presença de Deus para proteção, ensino, edificação e livramento.
 
Cânticos Espirituais:
“Falando entre vós em salmos, e hinos e cânticos espirituais;
cantando e salmodiando ao Senhor no vosso coração...”.
Efésios 5:19-21. Ler Colossenses 3:16.
 
Ao surgir um cântico espiritual, o grupo deve ficar em silêncio, com atenção para que a Igreja seja edificada.
Pode haver uma interpretação se for um cântico acompanhado de línguas. Também pode ser individual ou em conjunto, duas pessoas cantando, como num dueto, três, como num trio, ou mais pessoas, como num coral.
A Igreja também é abençoada com cânticos no vernáculo. 

 
As Línguas e o Batismo com o Espírito Santo:
 
O batismo com o Espírito Santo é uma experiência que pode acontecer no momento da conversão ou do batismo nas águas. Na maioria das vezes, acontece algum tempo após o batismo. A conversão, o batismo nas águas e o batismo com o Espírito, são experiências separadas que se completam.
 
O livro de Atos dá três exemplos em que as línguas estranhas são a evidência de que alguém recebeu o batismo com o Espírito Santo.
      No dia do Pentecostes, quando todos falaram em línguas desconhecidas. Atos 2:4.
      Alguns dias depois, convidado a pregar perante Cornélio e um grupo de pessoas, pagãos se converteram e falaram em línguas louvando a Deus. Atos 10:45-46.
      Em Éfeso, anos após, homens que tinham sido batizados por Apolo, no batismo de João, foram batizados em nome de Jesus. Paulo impôs as mãos sobre eles e todos falaram em línguas e profetizaram. Atos 19:1-7.
 
      O revestimento com o Espírito é um acontecimento separado da conversão e do batismo nas águas, ainda que muitas vezes, possas estar juntos. O livro de Atos registra dois exemplos onde não são mencionados:
      Pedro e João foram enviados, pelos apóstolos, a Samaria. Ali, oraram e impuseram as mãos sobre os samaritanos e eles receberam o Espírito Santo.
Pode-se perfeitamente deduzir que a perplexidade de Simão, ao querer comprar o dom de imposição de mãos, teria sido por ter ele presenciado algo diferente, e isso, bem poderia ter sido o falar em línguas estranhas. Atos 8:14-17.
      Ananias impôs as mãos sobre Paulo, para que recebesse o Espírito Santo. Atos 9:17-18.
Mais tarde, vemos o depoimento de Paulo sobre línguas estranhas, em suas cartas às Igrejas.  Ler I Coríntios 14.
      Este dom é ilógico, incompreensível?
      Lembre-se de que “Deus usa as coisas “loucas” para confundir as sábias; as coisas fracas para confundir as fortes”.
“Os meus pensamentos não são os vossos
 pensamentos nem os vossos caminhos
 os meu caminhos”. Isaías 55:8
 
      A atuação de Deus está muito além do que podemos planejar, fazer ou pensar.
Este dom é tão importante e útil que satanás o imita.
 
      O dom precisa ser usado para ser aperfeiçoado e não ser desprezado por falta de fé ou de exercício.
      Precisa também ser disciplinado, para que haja ordem no culto, como o registro de Paulo:
“E os espíritos dos profetas estão
sujeitos aos profetas”. I Coríntios 14:32.
 
Então, há um domínio da pessoa sobre suas emoções, contudo, reconhecemos que há momentos em que sobrevém sobre o povo um poder e uma tão grande bênção que revelam a manifestação e a glória de Deus.
É como se vivêssemos um ambiente dos céus na terra.
Quem já provou sabe; quem lê entenda!

Ap Ailton Guimarães 


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