I
- DONS DE REVELAÇÃO
CiÊncia
Há o conhecimento natural que um homem adquire no decorrer da sua vida,
por experiências, estudos, leituras, convivência com outras pessoas, viagens,
pesquisas, buscas constantes motivadas pela ânsia de saber.
O dom da
ciência é uma revelação sobrenatural de algum fato desconhecido e que Deus quer
que o homem tome conhecimento, através do seu espírito, pela ação do Espírito
Santo. Isso só pode acontecer pela ação do Espírito Santo.
Este dom permite que a
pessoa identifique fatos recentes, como cumprimento de profecias bíblicas
antigas.
Somente o conhecimento da
Palavra de Deus, permitirá que a pessoa reconheça uma profecia e o seu
cumprimento.
Exemplos:
• O
jovem Samuel, foi chamado por Deus e recebeu uma palavra de conhecimento sobre
o futuro da família do sacerdote Eli. I
Samuel 3:1-14.
• Mais tarde, Samuel recebeu a revelação de que Saul seria ungido
rei de Israel, e que ele estava escondido entre as bagagens. I Samuel 9:15-16 e I Samuel 10:22.
• O profeta Eliseu preveniu o rei de Israel para não seguir por
determinado caminho, por onde o rei da Síria passaria. I Reis 6:8-12.
• Eliseu prediz abundância de comida. II Reis 7:1.
• Eliseu recebeu uma palavra sobre Geazi, seu ajudante, que
desobedeceu recebendo presentes do general sírio. II Reis 5:25-26.
Discernimento
O dom de discernimento não
se limita, apenas a discernir espíritos demoníacos no momento de uma possessão.
Discernimento é a faculdade
de perceber diferenças, distinguir entre a verdade e o erro e de julgar as
coisas claramente.
O discernimento será útil na
seleção do que ouvimos, falamos, lemos, vemos. É uma questão de disciplina!
É ter percepção para
reconhecer falsos profetas, espíritos enganadores e distinguir e separar entre
o sobrenatural da parte de Deus e da parte das trevas.
“Vede
pois como ouvis”. Lucas 8:18a.
“Se
algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus”. Tiago 1:5.
“...
todo homem seja pronto para ouvir, tardio para falar...”. Tiago 1:19b.
Na
vida cristã prática, o discernimento, impedirá o desenvolvimento da raiz do
mal, já cortada pela obra realizada na Cruz, mas arraigada na natureza humana.
O discernimento favorecerá o crescimento espiritual, com a libertação dos
desejos impuros da mente, da rebeldia e oposição à Palavra.
“...
tendo os sentidos exercitados para discernir
tanto
o bem como o mal”. Hebreus 5:14.
“Se
alguém tem ouvidos ouça... atendei ao que
ides
ouvir”. Marcos 4:23-24a.
Existe uma relação entre o
ouvir e o falar. Se alguém aceita tudo o que ouve, sem fazer uma seleção e sem
distinguir a verdade da mentira, induzirá outros a crerem na mentira.
O discernimento e a
percepção, influenciarão nossas escolhas.
É um dom essencial para a
Igreja neste final de tempos.
O conhecimento da Palavra de
Deus é condição básica para o alcance e apuração da percepção e do
discernimento.
Este dom não pode ser
confundido com perícia ou capacidade de analisar o caráter das pessoas, para
descobrir falhas nos outros, isso até é proibido na Bíblia.
“Não
julgueis, para que não sejais julgados. Porque com o juízo
com
que julgardes sereis julgados...”. Mateus 7:1-2a.
A pessoa com discernimento
está preparada para reconhecer a fonte de certas doutrinas, aparentemente
bíblicas, mas que distorcem as Escrituras. Com isso o crente é livre do mal e
pode ajudar a outros.
Muitas vezes ouve-se
pregações, depoimentos, entrevistas e até milagres enganosos, com aparência de
autenticidade.
A pessoa com discernimento,
conhecerá a mentira oculta e ajudará a manter a pureza e a santidade da Igreja.
“O
Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé,
dando
ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios”. I Timóteo 4:1.
Esses demônios se aproveitam
da ausência de dons na Igreja para enganar a muitos. Uma Igreja fica
vulnerável, se não houver a sabedoria e a aplicação da Palavra de Deus.
Para tudo o que é
verdadeiro, há sempre uma cópia falsificada.
Faz parte da natureza humana
copiar quando não pode criar.
Isso acontece em todos os setores: na moda,
na indústria, no comércio, nas artes, na música e também nos assuntos
espirituais. Os demônios imitam os dons do Espírito.
O uso correto dos dons vai
depender muito da nossa comunhão com Deus, porque o nosso espírito é dotado de
faculdades que possibilitam a intimidade com Deus.
A interrupção de um
testemunho, ou até de um sermão contradizente com a Palavra, é zelo pela casa
de Deus.
É correção e disciplinação
necessárias ao amadurecimento da Igreja e o aperfeiçoamento dos dons.
A pessoa sincera não se
sentirá humilhada, mas aceitará a correção com dignidade para seu próprio
crescimento espiritual diante de Deus e da Igreja.
A utilização prática do discernimento dará à
Igreja condições de julgar e impedir o abuso e a usurpação dos dons.
Uma pessoa que diz ser usada
por Deus e afirma que Deus falou quando Deus não falou, está usando sua mente
ou está influenciada por sugestões malignas. Sem discernimento, muitos preferem
acreditar na pessoa e duvidar de Deus.
Isto tem conduzido muitas
pessoas e Igrejas inteiras à incredulidade, ao abatimento e a duvidar da justiça de Deus.
Tem sido causa de
perturbação em muitos lugares.
Tem feito muitos estragos em
Igrejas, que preferem proibir os dons espirituais, do que discipliná-los.
O dom de discernimento tem
que estar aliado ao temor a Deus e nunca ao temor humano.
Temer
a Deus é condição fundamental da fé cristã, temor humano é doença dos tímidos e
dos fracos. Jesus não teve temor humano quando chicoteou os vendedores no Templo.
Ele
é o nosso modelo. Não teve nenhum respeito humano, quando o assunto era a
limpeza do Templo.
“E,
entrando Jesus no Templo, começou a expulsar todos os que nele
vendiam
e compravam,
dizendo-lhes:Está escrito: A minha Casa é Casa de oração, mas
vós fizestes
dela covil de salteadores”. Lucas 19:45.
Ler Mateus
21:12-13; Marcos 11:15-16 e Romanos 10:1-7.
A
autoridade da Igreja, na disciplina e ordem na congregação, evitará o uso
abusivo dos dons, sem eliminá-los, mas corrigindo-os e utilizando-os para o
amadurecimento da Igreja e para a glória de Deus.
Apurando o
discernimento:
Os escritores bíblicos não
se cansam de apresentar em seus escritos, tudo o que eles observaram e
assimilaram sobre a natureza, compreendendo e transmitindo os ensinamentos para
a vida prática.
A expressão: “quem tem ouvidos ouça”,
encontrada muitas vezes na Bíblia, significa: “apure seus ouvidos para entender
o que está além do que você vê, ouve e sente”.
O ruído das ondas, as marés,
o mar revolto ou calmo, falam da soberania de Deus; o som do vento traz
notícias sobre o tempo, relâmpagos, trovões, tornados, terremotos, falam da
Justiça e do Juízo de Deus sobre a terra.
Parte Prática:
Vejamos o legado deixado por alguns dos
patriarcas bíblicos que observaram, no seu tempo de vida, e nos transmitiram:
·
Jó fala da águia, da
avestruz, do corvo. Jó 38:41.
Ao mesmo tempo diz que a avestruz não tem
sabedoria. Jó 39:13-17. Ler
todo o capítulo 39.
·
Salmos citam: pardal, mocho,
pelicano e andorinha. Salmos
84:3 e 102:6-7.
·
Na caminhada do povo, no
deserto, Deus providenciou uma: nuvem de dia como cobertura para o sol. Salmos 78:14. Ler Salmos 77:14-20.
·
E uma coluna de fogo para
iluminar a noite. Salmos
105:39.
·
Deus preparou, para o seu
povo durante sua peregrinação, um caminho no deserto, no mar e no rio, lugares
onde não havia caminho. Salmos
107:40; Salmos 106:9; Salmos 78:13; Salmos 66:6. Ler Salmos 114.
·
Provérbios fala de quatro
pequenos seres cheios de sabedoria: formiga, coelho, gafanhoto e aranha. Provérbios 30:24-28.
·
O livro de Cantares de
Salomão menciona 15 espécies de animais e 21 espécies de plantas.
·
Isaías fala sobre o boi que conhece
o seu dono. Isaías 1:3.
·
fala da coruja e pelicano,
bufo e corvo. Isaías 34:11.
·
fala sobre o lavrador que
lança sementes no solo e cada uma tem o seu modo especial de ser plantada. Isaías 28:24-29.
·
E fala também que as “árvores
batem palmas”. Isaías 55:12.
• Jeremias diz:
“A cegonha conhece os seus tempos determinados, a rola, o
grou
e a andorinha, observam o tempo da sua arribação...”.
Jeremias 8:7.
• Habacuque fala sobre a rede que prende o peixe e que é mais
valorizada do que o próprio peixe. O homem valoriza mais a obra de suas mãos do
que a criação de Deus. Habacuque
2:14-16.
Além desses mencionados,
você pode encontrar muito mais, observando a natureza, recebendo a sabedoria do
alto, discernindo o que é bom, e fazendo boas escolhas para o seu próprio bem.
Ap Ailton Guimarães
muito bom esses estudos amem
ResponderExcluiramém gloria a DEUS! quero aprender mas e mais com o pastor!
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