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quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Dons Espirituais - 6ª Parte



I - DONS DE REVELAÇÃO
 

CiÊncia
 
Há o conhecimento natural que um homem adquire no decorrer da sua vida, por experiências, estudos, leituras, convivência com outras pessoas, viagens, pesquisas, buscas constantes motivadas pela ânsia de saber.
O dom da ciência é uma revelação sobrenatural de algum fato desconhecido e que Deus quer que o homem tome conhecimento, através do seu espírito, pela ação do Espírito Santo. Isso só pode acontecer pela ação do Espírito Santo.
Este dom permite que a pessoa identifique fatos recentes, como cumprimento de profecias bíblicas antigas.
Somente o conhecimento da Palavra de Deus, permitirá que a pessoa reconheça uma profecia e o seu cumprimento.
Exemplos:
      O jovem Samuel, foi chamado por Deus e recebeu uma palavra de conhecimento sobre o futuro da família do sacerdote Eli. I Samuel 3:1-14.
      Mais tarde, Samuel recebeu a revelação de que Saul seria ungido rei de Israel, e que ele estava escondido entre as bagagens. I Samuel 9:15-16 e I Samuel 10:22.
      O profeta Eliseu preveniu o rei de Israel para não seguir por determinado caminho, por onde o rei da Síria passaria. I Reis 6:8-12.
      Eliseu prediz abundância de comida. II Reis 7:1.
      Eliseu recebeu uma palavra sobre Geazi, seu ajudante, que desobedeceu recebendo presentes do general sírio. II Reis 5:25-26.
 
Discernimento
 
O dom de discernimento não se limita, apenas a discernir espíritos demoníacos no momento de uma possessão.
Discernimento é a faculdade de perceber diferenças, distinguir entre a verdade e o erro e de julgar as coisas claramente.
 
O discernimento será útil na seleção do que ouvimos, falamos, lemos, vemos. É uma questão de disciplina!
É ter percepção para reconhecer falsos profetas, espíritos enganadores e distinguir e separar entre o sobrenatural da parte de Deus e da parte das trevas. 
 
Vede pois como ouvis”. Lucas 8:18a.
 
“Se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus”. Tiago 1:5.
 
“... todo homem seja pronto para ouvir, tardio para falar...”. Tiago 1:19b.
 
      Na vida cristã prática, o discernimento, impedirá o desenvolvimento da raiz do mal, já cortada pela obra realizada na Cruz, mas arraigada na natureza humana. O discernimento favorecerá o crescimento espiritual, com a libertação dos desejos impuros da mente, da rebeldia e oposição à Palavra.
 
“... tendo os sentidos exercitados para discernir
tanto o bem como o mal”. Hebreus 5:14.
 
“Se alguém tem ouvidos ouça... atendei ao que
ides ouvir”.  Marcos 4:23-24a.
 
Existe uma relação entre o ouvir e o falar. Se alguém aceita tudo o que ouve, sem fazer uma seleção e sem distinguir a verdade da mentira, induzirá outros a crerem na mentira.
O discernimento e a percepção, influenciarão nossas escolhas.
É um dom essencial para a Igreja neste final de tempos.
O conhecimento da Palavra de Deus é condição básica para o alcance e apuração da percepção e do discernimento.
Este dom não pode ser confundido com perícia ou capacidade de analisar o caráter das pessoas, para descobrir falhas nos outros, isso até é proibido na Bíblia.
 
“Não julgueis, para que não sejais julgados. Porque com o juízo
com que julgardes sereis julgados...”. Mateus 7:1-2a.
 
A pessoa com discernimento está preparada para reconhecer a fonte de certas doutrinas, aparentemente bíblicas, mas que distorcem as Escrituras. Com isso o crente é livre do mal e pode ajudar a outros.
Muitas vezes ouve-se pregações, depoimentos, entrevistas e até milagres enganosos, com aparência de autenticidade.
A pessoa com discernimento, conhecerá a mentira oculta e ajudará a manter a pureza e a santidade da Igreja.
 
“O Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé,
dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios”. I Timóteo 4:1.
 
Esses demônios se aproveitam da ausência de dons na Igreja para enganar a muitos. Uma Igreja fica vulnerável, se não houver a sabedoria e a aplicação da Palavra de Deus.
Para tudo o que é verdadeiro, há sempre uma cópia falsificada.
Faz parte da natureza humana copiar quando não pode criar.
Isso acontece em todos os setores: na moda, na indústria, no comércio, nas artes, na música e também nos assuntos espirituais. Os demônios imitam os dons do Espírito. 


 
O uso correto dos dons vai depender muito da nossa comunhão com Deus, porque o nosso espírito é dotado de faculdades que possibilitam a intimidade com Deus.
 
A interrupção de um testemunho, ou até de um sermão contradizente com a Palavra, é zelo pela casa de Deus.
É correção e disciplinação necessárias ao amadurecimento da Igreja e o aperfeiçoamento dos dons.
A pessoa sincera não se sentirá humilhada, mas aceitará a correção com dignidade para seu próprio crescimento espiritual diante de Deus e da Igreja.
 
A utilização prática do discernimento dará à Igreja condições de julgar e impedir o abuso e a usurpação dos dons.
 
Uma pessoa que diz ser usada por Deus e afirma que Deus falou quando Deus não falou, está usando sua mente ou está influenciada por sugestões malignas. Sem discernimento, muitos preferem acreditar na pessoa e duvidar de Deus.
 
Isto tem conduzido muitas pessoas e Igrejas inteiras à incredulidade, ao abatimento  e a duvidar da justiça de Deus.
Tem sido causa de perturbação em muitos lugares.
Tem feito muitos estragos em Igrejas, que preferem proibir os dons espirituais, do que discipliná-los.
 
O dom de discernimento tem que estar aliado ao temor a Deus e nunca ao temor humano.
      Temer a Deus é condição fundamental da fé cristã, temor humano é doença dos tímidos e dos fracos. Jesus não teve temor humano quando chicoteou os vendedores no Templo.
      Ele é o nosso modelo. Não teve nenhum respeito humano, quando o assunto era a limpeza do Templo.
 
“E, entrando Jesus no Templo, começou a expulsar todos os que nele vendiam
e compravam, dizendo-lhes:Está escrito: A minha Casa é Casa de oração, mas
vós fizestes dela  covil de salteadores”. Lucas 19:45.
Ler Mateus 21:12-13; Marcos 11:15-16 e Romanos 10:1-7.
 
      A autoridade da Igreja, na disciplina e ordem na congregação, evitará o uso abusivo dos dons, sem eliminá-los, mas corrigindo-os e utilizando-os para o amadurecimento da Igreja e para a glória de Deus.
 
Apurando o discernimento: 

Os escritores bíblicos não se cansam de apresentar em seus escritos, tudo o que eles observaram e assimilaram sobre a natureza, compreendendo e transmitindo os ensinamentos para a vida prática.
A expressão: “quem tem ouvidos ouça”, encontrada muitas vezes na Bíblia, significa: “apure seus ouvidos para entender o que está além do que você vê, ouve e sente”.
O ruído das ondas, as marés, o mar revolto ou calmo, falam da soberania de Deus; o som do vento traz notícias sobre o tempo, relâmpagos, trovões, tornados, terremotos, falam da Justiça e do Juízo de Deus sobre a terra.
  


Parte Prática:
Vejamos o legado deixado por alguns dos patriarcas bíblicos que observaram, no seu tempo de vida, e nos transmitiram:
·       Jó fala da águia, da avestruz, do corvo. Jó 38:41.
Ao mesmo tempo diz que a avestruz não tem sabedoria. Jó 39:13-17. Ler todo o capítulo 39.
·       Salmos citam: pardal, mocho, pelicano e andorinha. Salmos 84:3 e 102:6-7.
·       Na caminhada do povo, no deserto, Deus providenciou uma: nuvem de dia como cobertura para o sol. Salmos 78:14. Ler Salmos 77:14-20.
·       E uma coluna de fogo para iluminar a noite. Salmos 105:39.
·       Deus preparou, para o seu povo durante sua peregrinação, um caminho no deserto, no mar e no rio, lugares onde não havia caminho. Salmos 107:40; Salmos 106:9; Salmos 78:13; Salmos 66:6. Ler Salmos 114.
·       Provérbios fala de quatro pequenos seres cheios de sabedoria: formiga, coelho, gafanhoto e aranha. Provérbios 30:24-28.
·       O livro de Cantares de Salomão menciona 15 espécies de animais e 21 espécies de plantas.
 
·       Isaías fala sobre o boi que conhece o seu dono. Isaías 1:3.
·       fala da coruja e pelicano, bufo e corvo. Isaías 34:11.
·       fala sobre o lavrador que lança sementes no solo e cada uma tem o seu modo especial de ser plantada. Isaías 28:24-29.
·       E fala também que as “árvores batem palmas”. Isaías 55:12.
   Jeremias diz:
 
“A cegonha conhece os seus tempos determinados, a rola, o grou
e a andorinha, observam o tempo da sua arribação...”. Jeremias 8:7.
 
   Habacuque fala sobre a rede que prende o peixe e que é mais valorizada do que o próprio peixe. O homem valoriza mais a obra de suas mãos do que a criação de Deus. Habacuque 2:14-16.
 
Além desses mencionados, você pode encontrar muito mais, observando a natureza, recebendo a sabedoria do alto, discernindo o que é bom, e fazendo boas escolhas para o seu próprio bem.

Ap Ailton Guimarães

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