Music Center

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

As Obras da Carne e o Fruto do Espírito

AS OBRAS DA CARNE E O FRUTO DO ESPÍRITO

 
viver no espirito santo


TEXTO: Gl 5.19-23.
 
INTRODUÇÃO:  

Gl 5.15 “Se vós, porém, vos mordeis e devorais uns aos outros, vede não vos consumais também uns aos outros”. Para ter uma compreensão melhor sobre o tema leia os versículos anteriores.
Nenhum trecho da Bíblia apresenta um mais nítido contraste entre o modo de vida do crente cheio do Espírito e aquele controlado pela natureza humana pecaminosa do que Gl 5.16-26. Paulo não somente examina a diferença geral do modo de vida desses dois tipos de pessoas, ao enfatizar que o Espírito e a carne estão em conflito entre si, mas também inclui uma lista específica tanto das obras da carne, quanto do fruto do Espírito.
Gl 5.16 “Digo, porém: Andai em Espírito e não cumprireis a concupiscência da carne”.
Andai no Espírito. É seguir a vida do Espírito Santo (Rm 8.13, 14). Antes da conversão, o homem é carne que naturalmente, satisfaz os desejos do coração dominado pelo pecado. Mas quando o Espírito entra e habita no coração, Ele luta contra esses apetites, produzindo em seu lugar o novo fruto que é, nada mais, nada menos, que as qualidades e atributos de Cristo (22, 23).
Gl 5.17 “Porque a carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne; e estes opõem-se um ao outro; para que não façais o que quereis”.

 o fruto do espírito

O ESPÍRITO... CONTRA A CARNE. O Espírito é adversário da carne. O campo de batalha está no próprio cristão, e o conflito continuará por toda a vida terrena.

OBRAS DA CARNE. "Carne" (gr. sarx) é a natureza pecaminosa com seus desejos corruptos, a qual continua no cristão após a sua conversão, sendo seu inimigo mortal (Rm 8.6-8,13; Gl 5.17,21). Aqueles que praticam as obras da carne não poderão herdar o reino de Deus (5.21). Por isso, essa natureza carnal pecaminosa precisa ser resistida e mortificada numa guerra espiritual contínua, que o crente trava através do poder do Espírito Santo (Rm 8.4-14).

Gl 5.18 “Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais debaixo da lei”.

Gl 5.19 “manifesta autem sunt opera carnis quae sunt fornicatio inmunditia luxuria”.
Gl 5.19 “Porque as obras da Carne são manifestas (conhecidas), as quais são: prostituição, impureza, lascívia”.

CONHECIDAS: “gr. phaneros” = aparente, manifesto, evidente, reconhecido; i.e, claramente identificado. São Claras: com conotações de serem praticadas cínica e desavergonhadamente.

São produzidas pela força própria do homem em contraste com o fruto do Espírito (22) que só existe pelo poder de Deus. “...permanecei em mim, e eu permanecerei em vós. Como não pode o ramo produzir fruto de si mesmo, se não permanecer na videira, assim, nem vós o podeis dar, se não permanecerdes em mim. Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer”. Jo 15.4-5. 


 

As obras da carne (Gl 5.19-21) incluem:

(1) "Prostituição" (gr. pornéia), i.e., imoralidade sexual de todas as formas (adultério, fornicação, homossexualidade, lesbianismo, etc). Isto inclui, também, gostar de quadros, filmes ou publicações pornográficos (Mt 5.32; 19.9; At 15.20,29; 21.25; 1Co 5.1).

(2) "Impureza" (gr. akatharsia), i.e., pecados sexuais, atos pecaminosos e vícios, inclusive maus pensamentos e desejos do coração; inclui vida devassa e atos impuros (Ef 5.3; Cl 3.5).

(3) "Lascívia" (gr. aselgeia), i.e., sensualidade. É a pessoa seguir suas próprias paixões e maus desejos a ponto de perder a vergonha e a decência (2Co 12.21).

(4) "Idolatria" (gr. eidololatria), i.e., a adoração de espíritos, pessoas ou ídolos, e também a confiança numa pessoa, instituição ou objeto como se tivesse autoridade igual ou maior que Deus e sua Palavra (Cl 3.5). O que dizer dos fãs evangélicos de hoje? O padrão é o mesmo.

(5) "Feitiçarias" (gr. pharmakeia), i.e., espiritismo, magia negra, adoração de demônios e o uso de drogas e outros materiais, na prática da feitiçaria (Êx 7.11,22; 8.18; Ap 9.21; 18.23).

(6) "Inimizades" (gr. echthra), i.e., intenções e ações fortemente hostis; antipatia e inimizade extremas.

(7) "Porfias" (gr. eris), i.e., brigas, oposição, contendas, disputa, luta por superioridade (Rm 1.29; 1Co 1.11; 3.3).

(8) "Emulações"; “ciúmes” (gr. zelos), i.e., ressentimento, fúria de indignação, rivalidade, inveja amarga do sucesso dos outros (Rm 13.13; 1Co 3.3).

(9) "Iras" (gr. thumos), i.e., ira ou fúria explosiva que irrompe através de palavras e ações violentas (Cl 3.8).

(10) "Pelejas"; “discórdias” (gr. eritheia), i.e., ambição egoísta e a cobiça do poder; um desejo de colocar-se acima, um espírito partidário e faccioso que não desdenha a astúcia (2Co 12.20; Fp 1.16,17). Latim: “rixa”.

Antes do NT, esta palavra é encontrada somente em Aristóteles, onde denota um perseguição egoísta do ofício político através de meios injustos.

(11) "Dissensões" (gr. dichostasia), i.e., introduzir ensinos cismáticos, de divisão, na congregação sem qualquer respaldo na Palavra de Deus (Rm 16.17).

(12) "Heresias"; “facções” (gr. hairesis), i.e., grupos divididos dentro da congregação, formando conluios egoístas que destroem a unidade da igreja (1Co 11.19). Latim: “sectae”.

(13) "Invejas" (alguns trazem depois da inveja também homicídios) (gr. phthonos), i.e., antipatia ressentida contra outra pessoa que possui algo que não temos e queremos. O motivo é só de inveja e para se obter o desejado pode-se até matar.

(14) "Bebedices" (gr. methe), i.e., descontrole das faculdades físicas e mentais por meio de bebida embriagante. Intoxicação, embriaguez.

(15) "Glutonarias" (gr. Komos), i.e., diversões, festas com comida e bebida de modo extravagante e desenfreado, envolvendo drogas, sexo e coisas semelhantes. Bíblia On-line: “procissão noturna e luxuriosa de pessoas bêbadas e galhofeiras que após um jantar desfilavam pelas ruas com tochas e músicas em honra a Baco ou algum outro deus, e cantavam e tocavam diante das casas de amigos e amigas; por isso usado geralmente para festas e reuniões para beber que se prolonga até tarde e que favorece a folia”.

As palavras finais de Paulo sobre as obras da carne são severas e enérgicas: quem se diz crente em Jesus e participa dessas atividades iníquas exclui-se do reino de Deus, i.e., não terá salvação (5.21).

NÃO HERDARÃO O REINO DE DEUS.

Embora Paulo afirme que é impossível herdar o reino de Deus mediante a prática das obras da lei (2.16; 5.4), ensina também que a pessoa pode excluir-se do reino de Deus envolvendo-se com práticas pecaminosas (1Co 6.9; cf. Mt 25.41-46; Ef 5.7-11).

O FRUTO DO ESPÍRITO

O fruto do Espírito é o resultado da presença do Espírito Santo e de seu trabalho na vida dos crentes em maturação e é discriminado em Gálatas 5: 22-23. No contexto desses versos, o fruto singular do Espírito é contrastado com as obras plurais de carne (5: 19-21).
Várias tentativas foram feitas para explicar a razão pela qual "obras" é plural e "fruto" é singular. Alguns sugeriram que o singular salienta a verdade de que o fruto é uma obra com muitas peças individuais, como um diamante tem muitas facetas. Outros sugeriram que o singular se refere a uma colheita e a unidade das características que o Espírito produz dentro do indivíduo. Outra possibilidade é que o fruto do Espírito é, na verdade, um, amor, com as outras virtudes sendo diferentes manifestações do amor em operação. Um suporte de tal visão pode ser visto em 1 Coríntios 13: 4-7, onde várias das coisas detalhada, como frutos em Gálatas são incluídos como características do amor agape [ajgavph]. É notável que o fruto do Espírito, conforme listado, está em oposição direta aos trabalhos decorrentes da carne.

O fruto do trabalho do Espírito Santo na vida de cada cristão, que é enumerada em Gálatas 5: 22-23, pode ser descrito da seguinte forma: um amor ativo do homem para Deus; a alegria em todos os tipos de circunstâncias; tranquilidade e serenidade do caráter e da pacificação entre as pessoas; perseverança e longanimidade com as pessoas; bondade para com os outros; bondade que visa ajudar os outros; fidelidade e confiabilidade nas relações com Deus e com outras pessoas; brandura e mansidão em aceitar a vontade de Deus e no trato com os outros; e a capacidade de manter-se sob controle em todos os tipos de circunstâncias. Paulo conclui, observando o óbvio: "Contra tais coisas como essas virtudes nenhuma lei foi promulgada."

Um contraste do fruto com os Dons do Espírito. Este fruto é a evidência da vida santificada cheio do Espírito Santo. A evidência não é, como alguns afirmam, os dons do Espírito chamado charisma. O fruto é um, mas os presentes são várias. O fruto é compartilhado por todos e esperado por todos os cristãos da mesma forma, enquanto os presentes são divididas entre os  vários membros do corpo de Cristo como o Espírito Santo quer (1 Cor 12, 8-11). Além disso, o amor, o que aparentemente é o elemento principal no fruto, sendo nomeado pela primeira vez em Gálatas 5:22 e ser declarada a maior das virtudes cristãs em 1 Coríntios 13, nunca é dito ser um presente, mas sim "o caminho mais excelente "em que os dons espirituais devem ser usados (1 Cor 12,31). Em outras palavras, o fruto do Espírito estabelece a maneira pela qual aqueles que têm os dons de profecia, ensino, administração, ajudando, falando em línguas, e os outros deverão utilizar seus dons. Por exemplo, como Paulo escreve, se eu falasse as línguas dos homens ou dos anjos e não tivesse amor, o fruto do Espírito, eu nada seria (1 Cor 13, 1). O cristão deve exercer o dom ou dons que ele ou ela pode ter recebido, com amor, alegria, paz, paciência, bondade, e em consonância com o fruto do Espírito. O problema na igreja de Corinto com que Paulo teve de lidar não era sua falta dos dons do Espírito Santo, mas a sua falta de graça ou Fruto do Espírito. Em 1 Coríntios 1: 4-7 Paulo dá graças a Deus, entre outras coisas, pelo o fato de que a congregação de Corinto não sofrer falta de nenhum dom espiritual; mas, ao mesmo tempo, ele repreende-los para o seu ser carnal e, obviamente, sem o fruto do Espírito em suas vidas (1 Coríntios 3: 1-3).

O fruto do Espírito inclui:

(1) “Amor”; "Caridade" (gr. agape), i.e., o interesse e a busca do bem maior de outra pessoa sem nada querer em troca (Rm 5.5; 1Co 13; Ef 5.2; Cl 3.14).

(2) "Gozo"; “Alegria” (gr. chara), i.e., a sensação de alegria baseada no amor, na graça, nas bênçãos, nas promessas e na presença de Deus, bênçãos estas que pertencem àqueles que crêem em Cristo (Sl 119.16; 2Co 6.10; 12.9; 1Pe 1.8; Fp 1.14).

(3) “Paz" (gr. eirene), i.e., a quietude de coração e mente, baseada na convicção de que tudo vai bem entre o crente e seu Pai celestial (Rm 15.33; Fp 4.7; 1Ts 5.23; Hb 13.20).

(4) “Longanimidade" (gr. makrothumia) i.e., perseverança, paciência, ser tardio para irar-se ou para o desespero (Ef 4.2; 2Tm 3.10; Hb 12.1).

(5) "Benignidade" (gr. chrestotes), i.e., não querer magoar ninguém, nem lhe provocar dor (Ef 4.32; CL 3.12; 1Pe 2.3).

(6) "Bondade" (gr. agathosune) i.e., zelo pela verdade e pela retidão, e repulsa ao mal; pode ser expressa em atos de bondade (Lc 7.37-50) ou na repreensão e na correção do mal (Mt 21.12,13).

(7) "Fé” (gr. pistis), i.e., lealdade constante e inabalável a alguém com quem estamos unidos por promessa, compromisso, fidedignidade e honestidade (Mt 23.23; Rm 3.3; 1Tm 6.12; 2Tm 2.2; 4.7; Tt 2.10).

(8) “Mansidão" (gr. prautes) i.e., moderação, associada à força e à coragem; descreve alguém que pode irar-se com eqüidade quando for necessário, e também humildemente submeter-se quando for preciso (2Tm 2.25; 1Pe 3.15; para a mansidão de Jesus, cf. Mt 11.29 com 23; Mc 3.5; a de Paulo, cf. 2Co 10.1 com 10.4-6; Gl 1.9; a de Moisés, cf. Nm 12.3 com Êx 32.19,20).

(9) "Temperança"; “Domínio Próprio” (gr. egkrateia), i.e., o controle ou domínio sobre nossos próprios desejos e paixões, inclusive a fidelidade aos votos conjugais; 

Cultive o fruto do Espírito, alimente-o e você vencerá as obras da carne. O principal alimento do fruto do Espírito é a Palavra de Deus. Leia e medite Nela diariamente e prosperarás.

Ap Ailton Guimarães









 

Nenhum comentário:

Postar um comentário