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terça-feira, 24 de setembro de 2013

Dons Espirituais - 10ª Parte - Dom de Profecia



III- DONS DE  INSPIRAÇÃO

 
Não são idéias em nossa mente, conforme ocorre com os dons de revelação.
A inspiração é um pensamento acerca de determinado assunto que desejamos compreender e desenvolver.
A partir do nosso desejo e ocupação do nosso pensamento em relação ao assunto, a inspiração virá em forma de idéias coordenadas. Nem sempre a inspiração vem completa.
 
“Abre bem a tua boca e ta encherei”. Salmos 81:10b.
 
Profecia

“Certamente o Senhor Deus não fará coisa alguma, sem primeiro
revelar o seu segredo aos seus servos, os profetas”. Amós 3:7.
 
“... procurai com zelo os dons espirituais, mas principalmente
o de profetizar”. I Coríntios 14:1.
 
O Dom de profecia é um dom de grande valor e necessário à vida da Igreja. É um sinal para os que o crêem. I Coríntios 14:22b.
Não é um dom para uso particular, mas para a edificação.
A palavra profética pode está no meio de um sermão, numa palavra durante o período de louvor, num aconselhamento e até numa conversa informal.
Exemplos:
      O cântico de Maria, contém profecias. Lucas 1:46-56.
      O cântico de Simeão, contém profecias, a respeito de Jesus. Lucas 2:29-35.
      Profecia de Ágabo sobre Paulo. Atos 11:28.
Umas das confusões que é feita em relação a esse dom é de que o profeta é o pastor e a palavra profética é o sermão.
 
O dom de profetizar é distinto de uma pregação comum.
Às vezes a profecia vem juntamente com uma visão.
Outras vezes é criado pelo Senhor um quadro mental, juntamente com a inspiração.
A profecia deve ser entregue com fé e segurança. Romanos 12:6.
Há grupos onde a profecia é tão usual que não é julgada.
A comunicação entre os irmãos se dá por meio de “profecia” recados com direção pessoal ou para a Igreja.
Falar em nome de Deus é algo muito sério, mas deixar de falar também é. Dizer que Deus mandou, quando não mandou; ou coisas semelhantes a “Senti de Deus para lhe procurar e pedir; ou Deus me mandou que você me desse isso...”.
 
A profecia é uma inspiração do Espírito e seu objetivo é:
 
“A manifestação do Espírito é concedida a cada um,
 visando um fim proveitoso”. I Coríntios 12:7
 
Há diferença entre Ofício de Profeta e Dom de Profecia



 
O ofício de profeta é um ministério especial, indo além do simples dom de receber mensagens inspiradas.
Exemplo: Samuel, como profeta, além de trazer mensagens de Deus para povo, apresentava o povo a Deus.
Samuel era, ao mesmo tempo, profeta e sacerdote.
 
Davi se reconhecia como profeta, tinha comunhão com Deus, e sabia de fatos que ocorreriam bem além da sua época.
 
No Antigo Testamento, Deus concedia a um homem este privilégio, na Nova Dispensação o privilégio é para todos os que desejam e buscam com “zelo melhores dons”.
O verdadeiro profeta é reconhecido, não pela força da profecia, mas pelos frutos pessoais, que só a Palavra de Deus pode produzir, para o seu próprio crescimento espiritual e para a edificação da Igreja.
A palavra de um profeta precisa concordar com a Bíblia e com sua própria vida.
Uma pessoa que tem o dom de profecia, está sujeita a erros, e precisa submeter-se ao julgamento da Igreja.
Há pessoas que não aceitam correção, porque consideram que estão acima de qualquer advertência.
 
“A soberba precede a ruína e a altivez de espírito
precede a queda”. Provérbios 16:18.
 
O Espírito Santo não pode atuar onde não há humildade.
A Bíblia fala que os dons precisam ser julgados, para que aqueles que os possuem possam ser abençoados em sua vida particular e sejam abençoadores dos que estão próximos.
Falsos profetas existem em grande número e precisam ser contestados quando se propuserem a falar para a Igreja.
O verdadeiro profeta não procura conseguir informações sobre as pessoas, a profecia vem pela comunhão com o Espírito Santo. Uma profecia pode antecipar um acontecimento que, sendo de Deus, terá o cumprimento a seu tempo.
Caso seja uma profecia da mente, ela se diluirá e, sendo da parte do inimigo, poderá ser impedida com orações de autoridade. Para isso é necessário o uso do discernimento.
A essência da verdadeira profecia está na fé e certeza da verdade divina e da inspiração do Espírito Santo em todos os níveis, físico, mental e espiritual.
O homem que provou o novo nascimento, está despojado de si mesmo e revestido do novo homem.
 
“... já vos despistes do velho homem com seus feitos, e vos vestistes
do novo, que se renova para o conhecimento, segundo a
imagem daquele que o criou”.  Colossenses 3:9b-10.
Ler Filipenses 2:3-11 e Gálatas 3:26-29.
 
      O verdadeiro profeta é aquele que quando está enfraquecido, sabe que em Deus encontra força, porque já tomou posse das verdades eternas e possui promessas de fortalecimento.
 
“A minha carne e o meu coração desfalecem; mas Deus é a fortaleza do meu coração,
e a minha porção para sempre”. Salmos 73:26.
 
      O profeta com um ministério precisa alcançar a vitória sobre o mundo e a vitória sobre si mesmo.
A Bíblia diz que:
“enganoso é o coração do homem mais, do que todas as coisas,
e perverso: quem o conhecerá?”. Jeremias 17:9.
 
O profeta estará sempre atento para discernir entre:
      A mente espiritual e a mente racional.
      O zelo pela manifestação da Glória de Deus e o desejo egoísta de um sucesso pessoal.
      A submissão ao julgamento de Deus e a satisfação de possuir um dom ou de ser usado como profeta.
      Falar a Palavra de Deus e expor seus pensamentos.
Todo profeta está sujeito aos problemas existenciais comuns a todos. Não é imune às tentações.
Os que foram usados por Deus para a operação de maravilhas, no passado, eram pessoas comuns, sujeitos às mesmas fraquezas e fracassos.
Elias serve como um exemplo desta verdade. Ler o texto sobre Elias em Tiago 5:17-18.
 
Por esses motivos, o crente deverá estar sempre em comunhão com Deus, buscando as curas e as respostas que precisa para suas ansiedades, lutas, medos, tentações, insegurança, dificuldade em perdoar...
 
Quando o servo gastar tempo para ouvir a voz de Deus; quando ele puder orar diante da Igreja, como se estivesse sozinho no seu quarto, estará estabelecida a comunhão com o Pai, e nada mais poderá separá-lo do amor de Deus.
 
Enquanto abrigarmos lamentações e queixas contra a vida, e formos ansiosos e impacientes, é porque ainda estamos tão envolvidos com a nossa humanidade que não conseguimos permanecer “assentados nos lugares celestiais”.
 
Objetivos da Profecia:
  

O dom de profecia tem um propósito especial:
“edificar, consolar e exortar”.  I Coríntios 14:3.
 
      Edificar: É construir um edifício com bases sólidas.
A Igreja de Jesus está sendo edificada através dos séculos, sobre a Rocha fundamental: Jesus Cristo é o Filho de Deus. Essa verdade é a sustentação da Igreja através dos séculos.
A profecia, em concordância com a Palavra de Deus, é base para o fortalecimento da fé e da esperança da Igreja.
      Consolar: É aproximar-se de alguém que precisa de conforto, de ajuda, de orientação e defesa, e amenizar o seu sofrimento. É chorar com os que choram. É a preocupar-se com o caminhar de alguém. É transmitir luz, alegria e paz.
 
Porque todos podeis profetizar, uns depois dos outros; para que todos aprendam e
todos sejam consolados”. “Que nos consola em toda a nossa tribulação,
para que também possamos consolar”. I Coríntios 14:31 e II Coríntios 1:4.
 
      Exortar: É chamar a atenção de alguém, que esteja errado, com a intenção de mostrar-lhe a verdade.
 
Ser profeta é possuir um dos dons que Cristo concedeu à Igreja.
 
“Ele mesmo deu uns para apóstolos, outros para profetas, outros
para evangelistas, outros para pastores e doutores,
querendo o aperfeiçoamento dos santos, para
a obra  do ministério, para a edificação do
corpo de Cristo, até que todos cheguemos a unidade da fé,
ao conhecimento do filho de Deus, a varão perfeito,
à medida da estatura completa de Cristo”. Efésios 4:11-13. 
 
As Três Fontes Possíveis:
 
      O Espírito Santo:
 
“O espírito do Senhor falou por mim e a sua palavra
esteve em minha boca”. (Davi). II Samuel 23:2. 
 
“... disse-me o Senhor: Eis que ponho as minhas
palavras na tua boca”. Jeremias 1:9.
 
“... e veio sobre eles o Espírito Santo; e falavam
línguas e profetizavam”. Atos 19:6.
 
      Profecia de Ágabo, quando tomou a cinta de Paulo e ligou seus próprios pés e mãos:
 
“Isto diz o Espírito Santo: Assim ligarão os judeus, em Jerusalém, o varão de quem
é esta cinta, e o entregarão nas mãos dos gentios...”. Ler Atos 21:10-14.
 
      Espíritos imundos e mentirosos:
 
“Quando vos disserem: consulta os que têm espírito familiares
e os adivinhos que chilreiam e murmuram entre os dentes;
não recorrerá um povo ao seu Deus? a favor dos vivos,
interrogar-se-ão os mortos”. Isaías 8:19.
 
“... Eu sairei e serei um espírito de mentira na boca
de todos os seus profetas”. Reis 22:22.
 
... Estes homens que nos anunciam o caminho da salvação,
são servos do Deus Altíssimo”. Atos 16:17.
 
 
      A mente humana:
“Não deis ouvidos às palavras dos profetas, que entre vós profetizam;
ensinam-vos vaidades; falam da visão do seu coração,
não da boca do Senhor”. Jeremias 23:16.
 
“... profetiza contra os profetas de Israel que são profetizadores,
e dize aos que só profetizam o que vê o seu coração:
ouvi a Palavra do Senhor... Ai dos profetas loucos,
que seguem o seu próprio espírito
e as coisas que não viram!”. Ezequiel 13:2-3.
 
      O grande segredo para manter puro esse dom espiritual, é conservar o equilíbrio entre a fé e a fidelidade às Escrituras,
 
“examinando tudo e retendo o bem”.I Tessalonicenses 5:21.
 
Não se deve reprimir o dom da profecia, porque seria negar a expressão, a comunicação do próprio Deus e a sua manifestação através das pessoas e da Igreja.
É necessário manter a pureza da comunhão entre o “vaso de barro e o oleiro”, entre o profeta e Deus, para sermos capazes de ser usados por Ele como canal.
 
“Não se deve permitir a qualquer pessoa ministrar como profeta na Igreja, a menos que os irmãos conheçam totalmente a sua vida, sua doutrina e o seu testemunho”.
Citado por Dennis e Rita Bennet.
 
Cuidados:
Profecias futuristas, de previsões pessoais ou de direção para a Igreja, não devem ser aceitas sem a testificação de Deus e o julgamento da Igreja.
É preciso esperar a testificação, por outras testemunhas.
Jesus, em suas palavras, apresentou sempre a verdade.
 
A recomendação de Deus para o homem, desde o princípio da vida na terra, é fé e obediência à Sua Palavra: o conteúdo da Lei de Moisés, os escritos dos profetas, o Sermão do Monte, as Palavras de Jesus e a direção deixada pelos apóstolos.
 
“Não fareis conforme a tudo o que hoje fazemos aqui, cada qual tudo o que bem
parece aos  seus olhos”. Deuteronômio 12:8.
 
“Guarda-te, que não ofereças os teus holocaustos em todo o lugar que vires;
mas no lugar que o Senhor escolher...”. Deuteronômio 12:13-14a.
Exemplos de transgressão da Palavra de Deus:
      Caim ofereceu um sacrifício a Deus conforme o seu próprio pensamento, desprezando o mandamento de Deus. Gênesis 4:3-7 e I João 3:12.
      Nadab e Abiú ofereceram fogo estranho no altar. Ler Levítico 10:1-11.
      Coré, Datã e Abirão, líderes do povo, comandaram uma rebelião contra Moisés e Arão. Ler Números 16:1-35.
      Uzá morreu por tentar salvar a arca. II Samuel 6:5-8; I Crônicas 13:7-14 e I Crônicas 15:2e11-15.

Ap Ailton Guimarães 

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