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domingo, 15 de setembro de 2013

Dons Espirituais - 2ª Parte


Exemplos Bíblicos sobre o mau uso dos dons:

 


·       Em proveito próprio:

Tentando agradar a Balaque, rei de Moabe, Balaão, profeta gentio, recusa-se a cumprir o mandado de Deus e escolhe seguir as intenções do seu coração:

·       Consulta o Senhor, quando já sabia a Sua vontade;

·       Mesmo com a negativa de Deus, prefere agradar ao Rei, numa tentativa de mudar o coração de Deus;

·       Impedido de amaldiçoar o povo hebreu, Balaão aconselha Balaque, a seduzir o povo com mulheres moabitas e com seus deuses estranhos, conduzindo-os a desobedecerem ao mandamento de Deus;

·       Balaão é tipo dos profetas que, até hoje, se vendem por presentes. Ler Números 23:1, 12, 13, 14 e 31:16.

·       Compra e venda de dons: Simão tenta comprar, de Pedro e João, o dom de imposição de mãos. Atos 8:17-24.

·       Idolatria: Transformar a pessoa com dons de revelação, visão, profecia e outros, num “oráculo”, isto é, alguém com resposta para todas as questões.

É natural que as pessoas portadoras de dons, se evidenciem na Congregação e, por esse motivo, muitos começam a tratá-los como pessoas especiais ou mais espirituais.

Idolatria é a exaltação do dom com desprezo do Doador, e a substituição da Palavra de Deus pela palavra do homem.

Uma pessoa pode criar profecias, ou revelações da sua mente para não decepcionar as pessoas, nem se sentir rejeitada pelos que aguardam uma palavra.

O certo seria falar apenas o que viu e ouviu. Falar ou fazer o que Deus não mandou é usurpar o lugar de Deus, é exercer indevidamente uma função que não lhe pertence.

 

Corrigindo os abusos:

 

Esses casos precisam ser corrigidos pela liderança da Igreja, através da direção do Espírito e dos modelos bíblicos:

·       Quando algum milagre acontecia por intermédio dos apóstolos, o povo queria adorá-los como deuses. A atitude deles era de repulsa e de apresentação da origem do poder.

 

“E dizendo isto, com dificuldade impediram que as

multidões lhes sacrificassem”. Atos 14:18.

Ler Atos 3:12; Atos 14:8-18.

 

   A Igreja precisa interferir quando o profeta fala sem a inspiração de Deus. Aceitando a correção e a disciplina, o dom é aperfeiçoado, até que o profeta tenha condição de julgar a si mesmo, sabendo se a revelação é de Deus ou da sua própria mente.

·       Encontramos na Bíblia um profeta, Ageu, que profetizou  durante quatro meses, ficando registradas, nas Escrituras, apenas três de suas profecias recebidas em três tempos diferentes no segundo ano do rei Dario.

Suas profecias têm o mesmo valor das proferidas por outros profetas. O profeta é útil para o Reino quando transmite a palavra de Deus, sejam poucas ou muitas.

 

“No primeiro dia do sexto mês”. Ageu 1:1.

“No dia vinte e um do sétimo mês”. Ageu 2:1.

“No dia vinte e quatro do mês nono”. Ageu 2:10.

 

É preciso apurar o discernimento para conhecer e aceitar o que vem de Deus e rejeitar o que é da mente ou de demônios.

 

“Tudo tem o seu tempo determinado... Há tempo de estar

calado, e tempo de falar...”. Eclesiastes 3:1a e7b.

 

“... muitos de vós não sejam mestres, sabendo

que  receberemos  mais duro juízo”. Tiago 3:1.

 


Julgamento dos dons:

 

É preciso colocar os dons à prova. O que a pessoa diz que recebe de Deus, precisa ser comprovado pela Igreja.

Toda pessoa que recebe um dom, deveria submeter-se ao julgamento da Igreja, para que todos sejam abençoados.

 

Os dons são do Espírito Santo. Pertencem a Deus. Não são propriedade particular. Não são para uso próprio nem para beneficiar alguém, nem para divertimento, mas unicamente para a Glória, a Honra, o Louvor e o Poder de Deus.

      Quando Jesus esteve diante de Herodes para ser julgado, calou-se diante do interrogatório, porque bem conhecia as intenções daquelas autoridades:

 

“E Herodes, quando viu a Jesus, alegrou-se muito; porque havia

muito que desejava vê-lo, por ter ouvido dele muitas coisas, e

esperava que lhe veria fazer algum sinal; e interrogava-o

com muitas palavras, mas ele nada lhe respondia”.

Lucas 23:8-9. Ler Mateus 27:11-14.

 

O dom não deve ser usado independente da Igreja, pois está inter-relacionado com os demais dons, ministérios e serviços.

A Igreja não pode permitir que uma pessoa use os dons com irresponsabilidade, pois está capacitada a discernir, pela Palavra, se a pessoa está usando sua própria mente ou sendo instrumento de Satanás.

 

O limite entre a “alma e o espírito” só pode ser conhecido pela Palavra de Deus. Hebreus 4:12.

Sem o devido julgamento, a utilização dos dons, é perigosa e produz mal ao invés de bem.

 

A Origem dos Dons:

 


Só existem três fontes de origem dos dons:

      O Espírito: verdadeiros, de acordo com a Palavra;

      A mente: dons naturais usados como se fossem espirituais; fabricação de dons por ilusão mental, a pessoa acredita que suas visões ou revelações são do Espírito.

Se o crente usar sua própria mente para “fabricar” seus dons, o Espírito se afasta, e a pessoa fica a mercê de Satanás;

      O diabo: falsificação, imitação e manifestação dos dons, tanto para mal, quanto para bem, sempre na tentativa de apresentar-se como Deus.

“... e os seus profetas predizem mentira dizendo: Assim diz o Senhor Jeová;

sem que o  Senhor tivesse falado”. Ezequiel 22:28b.

Ler Jeremias 23:28-32; Ezequiel 13:3 e 6.

O uso abusivo e indisciplinado dos dons, por muitos que se auto-nomeiam profetas, é que causam temor e incredulidade na maioria das Igrejas. Sem condição de corrigir os exageros, e com zelo excessivo, proíbem o uso dos dons e ficam privadas das bênçãos que Deus tem para derramar.

 

A usurpação dos dons espirituais ou a utilização dos dons naturais e da mente sem a participação do Espírito, será julgada por Deus e não mais pela Igreja, conforme a descrição que Jesus mesmo faz:

 

“Por seus frutos os conhecereis”. Mateus 7:16a.

 

“Toda a árvore que não dá bom fruto corta-se e lança-se no fogo”. Mateus 7:19.

 

“Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! Entrará no Reino dos céus...”. Mateus 7:21a.

 

Este é um duro julgamento! A pessoa que não aceita a disciplina na terra, preferindo fazer a sua própria vontade, terá sua recompensa segundo suas obras.

 

“A obra de cada um se manifestará; na verdade o dia a declarará, porque pelo fogo será

descoberta, e o fogo provará qual seja a obra de cada um”. I Coríntios 3:13.

 

Uma Igreja madura terá discernimento para doutrinar biblicamente seus membros e receberá todas as bênçãos decorrentes da utilização correta dos dons.

 

A compreensão da finalidade e do real valor dos dons; a posição correta de cada ministério; a perfeita identificação entre os dons e os frutos e o discernimento para julgar com equilíbrio, fortalecerá a Igreja que cumprirá sua verdadeira missão de Comunidade Terapêutica, assim como é o funcionamento dos membros e órgãos internos do corpo humano ou as engrenagens de uma máquina.

 

“Para que sejais irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis

no meio de uma geração corrompida e perversa, entre  a qual

 resplandeceis como astros no mundo; retendo a

palavra  da vida...”. Filipenses 2:15-16a.

 

 Tal Igreja é Vencedora.

E então, o mundo conhecerá

que verdadeiramente,

Jesus é Deus.

 Ap Ailton Guimarães

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